quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quinta (13) novos dados pela Pesquisa Agrícola Municipal de 2017. O curioso foi o aumento da produção em frutas, cereais, leguminosas e oleaginosas, além do aumento na área plantada e colhida, contraposta com o recuo no valor de venda, que caiu em 0,6%.
A safra 2017 bateu um recorde de produção, atingindo os 238,4 milhões de toneladas colhidas, um aumento de 28,2% em relação com 2016, além do crescimento de 5,9% na área colhida.
A soja passou a ser o segundo maior produto da região Norte, perdendo apenas para o açaí. A área plantada do milho cresceu em 10,4%, sendo produzido o número recorde de 97,7 milhões de toneladas. O arroz cresceu em 17,4%, atingindo 12,5 milhões de toneladas e o feijão cresceu em 15,9%, atingindo as 3 milhões de toneladas.
No âmbito frutífero, os 23 produtos pesquisados pelo IBGE também bateram recorde de produção e representaram um aumento de 4,6% em relação à 2016. A laranja foi o destaque da safra, crescendo em 2%.
O açaí, incluso na pesquisa a partir de 2016, passa a ser a terceira fruta mais produzida, contabilizando cerca de 1,3 milhão de toneladas, predominante na região Norte e tornando o Paraá o segundo maior estado produtor de frutas.
São Paulo é o maior produtor frutífero e Rio Grande do Sul é o terceiro, vindo logo após do Pará.
Porém, mesmo com o aumento em todos os setores da produção agrícola, o rendimento deles teve um leve recuo.
Enquanto em 2016 o valor atingido foi de R$321,5 bilhões, em 2017 a produção recuou em 0,6% e atingiu R$319,6 bilhões.
Alfredo Guedes, gerente de agricultura do IBGE, a causa de recuo foi o aumento da produção, pois a elevação da oferta dos produtos leva à diminuição dos preços.
“O aumento da oferta fez com que houvesse uma redução de preço de vários produtos. E quando a gente soma todos esses produtos, a soma foi menor do que em 2016. Apesar de a gente ter produzido muito mais, em termos de valor foi um pouquinho menor”, explica Guedes. O IBGE destaca que a queda nos preços ajudar a manter o nível inflação no ano passado.
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