Raquel Dodge recorreu à decisão do ministro Marco Aurélio Melo hoje (8)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu hoje (8) do Habeas Corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao deputado cassado Eduardo Cunha.

Cunha está preso desde 19 de outubro de 2016 no Paraná, em decorrência da Operação Lava Jato. Em junho, Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus ao ex-deputado e suspendeu um dos mandados de prisão que pesavam contra o ex-deputado, o que foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte no âmbito da Operação Manus.

No entanto, Cunha permaneceu preso em decorrência dos outros três mandados que possui contra si, com origem no Paraná e em Brasília, onde ele é investigado na Operação Greenfield.

No recurso contra o habeas corpus já concedido, Raquel Dodge refuta o argumento da defesa de que a prisão preventiva se tornou ilegal por excesso de prazo. Para ela, o alongado tempo de prisão se deve não a uma demora do Judiciário, mas à complexidade do caso de Cunha e “à contribuição da própria defesa” que, segundo ela, tentou alongar o processo em sua estratégia de atuação.