sábado, 23 de novembro de 2024

Brasil

Procuradora da República afirma que Bolsonaro violou a Constituição

POR Ana Carolina Morais | 27/04/2020
Procuradora da República afirma que Bolsonaro violou a Constituição

Redação Jornal Somos

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Um ofício emitido por Raquel Branquinho, Procuradora da República, afirma que o presidente Jair Bolsonaro violou a Constituição Federal ao realizar uma determinação para o Exército que estabelecia a revogação de portarias que facilitavam o rastreamento de armas e munições.

 

 

A denúncia está tramitando na Procuradoria, que irá decidir se abrirá ou não um procedimento para investigar a conduta de Bolsonaro. Se o órgão decidir por acionar a Justiça, o presidente poderá responder por improbidade administrativa.

 

 

As portarias as quais o ofício de refere foram publicadas pelo Exército, sendo que posteriormente, em 17 de abril, Jair afirmou em uma rede social que havia determinado a revogação de tais textos.

 

 

Segundo a procuradora, existem elementos que apontam a interferência em atos exclusivos do Exército, o que representa uma situação extremamente grave com o potencial de intensificar a crise de segurança pública no Brasil, especialmente por não restarem dúvidas de que, conforme legislação, compete ao Comando Logístico do Exército Brasileiro a fiscalização de produtos controlados, como armas e munições.

 

 

“Ao assim agir, ou seja, ao impedir a edição de normas compatíveis ao ordenamento constitucional e que são necessárias para o exercício da atividade desempenhada pelo comando do Exército, o sr. Presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública”, relatou a procuradora.

 

 

Este não é o primeiro episódio em que Bolsonaro é acusado de intervir em ações que fogem de sua competência (leia mais clicando aqui), uma vez que um dos motivos apontados pelo ex-ministro Sergio Moro para sua saída do Ministério da Justiça foi porque, de acordo com Moro, o presidente desejava efetuar interferências políticas na Polícia Federal.

 

 

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