O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de decisão do presidente do órgão, o ministro Luís Roberto Barroso, optou por vetar o procedimento de identificação biométrica nas eleições municipais de 2020 devido à pandemia de Covid-19.

A medida segue recomendação dos infectologistas prestadores de consultoria sanitária ao pleito. A justificativa dos profissionais é que a digital pode aumentar a chance de infecção pelo novo vírus, uma vez que o leitor biométrico não pode ser higienizado com frequência, além de gerar aglomerações, pois, segundo eles, o voto com coleta de biometria demora mais do que o voto com a assinatura no caderno de votações.

A decisão ainda deverá ser analisada pelos demais ministros do tribunal. Sendo assim, a pauta será incluída nas resoluções das Eleições 2020 para que sejam encaminhadas à análise do plenário do TSE quando se finalizar o recesso judiciário.

No corrente ano, 119,7 milhões de pessoas estariam aptas a votar pelo sistema de biometria. Além disso, outra alteração já efetuada por meio de emenda constitucional ocorreu nas datas, que foram postergadas também devido à pandemia, inserindo o primeiro turno de 2020 no dia 15 de novembro e o segundo em 29 de novembro.