O percentual de famílias brasileiras com alguma dívida, seja elas em atraso ou não, foi de 69,7% no encerramento deste primeiro semestre do ano, valor que, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é o maior da série histórica da pesquisa realizada pela instituição desde 2010.

No mês de maio, a porcentagem de pessoas com dívidas era de 68%, conforme demonstrado pela CNC em seus dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Já o percentual de inadimplentes, que é quando a pessoa possui contas ou dívidas em atraso, foi de 25,1% neste mês de junho, o que é acima dos 24,3% do período anterior, mas abaixo dos 25,4% de junho do ano passado.

Outro dado revelado foi o das famílias sem condições de arcar com suas despesas, que passou de 20,5% em maio deste ano para 10,8% em junho. Apesar destas porcentagens, no mês de junho do ano passado esse índice era de 11,6%.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, uma das motivações para as alterações nos orçamentos familiares brasileiros é a pandemia do novo coronavírus, que remete a questões como a alta na inflação e o valor reduzido do auxílio emergencial.

“Ainda que os indicadores de inadimplência se encontrem mais baixos na comparação anual, os números mostram que as famílias têm se endividado mais ao longo do ano para conseguir manter algum nível de consumo, respaldadas por uma frágil segurança no mercado trabalho, e diante de preços mais altos dos itens de primeira necessidade”, explicou Tadros.

(Com informações da Agência Brasil)