sábado, 20 de abril de 2024

Brasil

Primeiro dia em Israel resulta em pronunciamentos

POR Jornal Somos | 01/04/2019
Primeiro dia em Israel resulta em pronunciamentos
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No primeiro dia da visita oficial a Israel, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesse domingo (31), após se reunir com o premiê Benjamin Netanyahu, a abertura de um escritório comercial do governo brasileiro em Jerusalém, cidade considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos e que não é reconhecida internacionalmente como capital israelense.

 

A abertura do escritório em Jerusalém é uma saída diplomática para o embaraço gerado com países árabes após o presidente ter manifestado publicamente logo após ser eleito a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, a exemplo do que fez o presidente norte-americano Donald Trump.

 

Israel considera Jerusalém a "capital eterna e indivisível" do país, mas os palestinos não aceitam e reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino.

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em pronunciamento oficial que a abertura de um escritório comercial em Jerusalém reforça as relações entre os dois países. O recuo em transferir a embaixada brasileira no país de Tel-Aviv para Jerusalém levou em conta apelos da equipe econômica e do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno.

 

O presidente foi aconselhado por Heleno e pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a não fazer a transferência da embaixada. O tema é tão delicado que Tereza receberá representantes de países árabes nas próximas semanas, ainda para discutir esse assunto.

 

Netanyahu agradeceu a visita de Bolsonaro e disse que o encontro entre os dois "é um início novo e maravilhoso" das relações entre os dois países. O primeiro-ministro também comemorou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém e disse que pode ser o primeiro passo para que a embaixada seja transferida para a cidade.

 

O presidente também aproveitou a visita oficial para criticar o distanciamento entre os dois países. Segundo ele, o relacionamento entre Brasil e Israel foi comprometido por um "governo ideologicamente de esquerda".

 

Além de anunciar a abertura de um escritório em Jerusalém, seis atos de cooperação foram assinados pelos governos brasileiro e israelense. Os acordos foram celebrados nas áreas de defesa, serviços aéreos, segurança pública, saúde, ciência e tecnologia, além de segurança cibernética.

 

O presidente também agradeceu o apoio recebido do governo de Israel, que enviou ao Brasil, militares para ajudar na busca por sobreviventes na tragédia de Brumadinho. "Quero agradecer a hospitalidade e as portas abertas para novos acordos. Também quero agradecer o apoio aos irmãos que foram a Brumadinho que vitimou mais de 200 brasileiros", declarou.

 

Após o pronunciamento de Bolsonaro e Netanyahu, o Itamaraty informou, em nota, que os dois reconhecem "o presidente interino Juan Guaidó como o líder legítimo da Venezuela".

 

Palestina

Com a viagem marcada para Israel, o Brasil recebeu o convite para visitar também a Palestina. Mas o governo afirmou que o tempo não seria suficiente. Agora com o país entre a Guerra dos Estados, o Brasil não atendeu nenhum dos dois completamente, pois abriu o escritório em Israel mas teve que manter a embaixada em Tel Aviv, apesar do pedido claro de Israel. E ainda teve que emitir nota afirmando que irá receber logo logo a equipe da Palestina no Brasil.

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