segunda-feira, 08 de julho de 2024

Brasil

Presidente do TSE se reúne com comandantes da PM nesta quarta-feira

POR Thaynara Morais | 23/11/2022
Presidente do TSE se reúne com comandantes da PM nesta quarta-feira

Carlos Moura/SCO/STF

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcou para as 10h desta quarta-feira (23), uma reunião com comandantes das polícias militares estaduais na sede da Corte, em Brasília.

 

 

O objetivo é realizar um balanço do trabalho conjunto entre as polícias e a Justiça Eleitoral nas últimas eleições e alinhar propósitos para próximos pleitos. O site Metrópoles ouviu integrantes da área de segurança pública de alguns estados que acreditam que as manifestações e bloqueios de caminhoneiros pelo país serão o assunto principal, assim como a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), se houve uma conivência da corporação ou não.

 

 

Os relatórios das manifestações, com registros de integrantes, placas de caminhões, nome e empresas envolvidas nos bloqueios, considerados irregulares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) também devem ser analisados pelos comandantes.

 

 

No dia 8 de novembro o TSE enviou aos comandos das PMs a convocação para reunião. A maioria dos comandantes confirmou a presença, mas ao menos deles não viajarão a Brasília para encontrar Moraes: os de Santa Catarina e Paraná.

 

 

O coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante da PM do Paraná, foi o primeiro a informar que não iria a Brasília e também não enviaria um representante. Ele alegou, oficialmente, incompatibilidade de agenda, mas há questões políticas envolvidas.

 

 

No dia 2 de novembro, Teixeira foi gravado negociando com manifestantes de um ato que questiona o resultado da eleição e fechava a PR-151, em Ponta Grossa. Ele disse na ocasião que não multaria “por enquanto” os manifestantes, apesar de o próprio Alexandre de Moraes ter ordenado, três dias antes, a liberação imediata de rodovias de todo o país.

 

 

Reuniões de comandantes da PM com integrantes do TSE aconteceram antes da eleição, como um encontro em 24 de agosto deste ano, e entre o primeiro e o segundo turno, em 11 de outubro.

 

 

Aliados de Bolsonaro, como o vice-presidente e senador eleito, Hamilton Mourão (PL-RS), estão incomodados com a nova convocação, que consideram ser um ato político do presidente do TSE, e tentam manobras regimentais ou legais para desmarcar a reunião desta quarta.

 

 

Processo Eleitoral

 

 

Nesta terça-feira (22), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que é “natural” a sigla pedir maior fiscalização do processo eleitoral.

 

 

A auditoria contratada pelo PL sobre o 2º turno das eleições concluiu que 59,2%  279 mil das urnas eletrônicas, correspondente a 279 mil urnas, não tinham identificação e que alguns equipamentos travaram e precisaram ser desligados, o que teria supostamente violado o sigilo do voto de alguns eleitores.

 

 

“Nós estamos aqui hoje com uma única intenção de contribuir para o fortalecimento da democracia do nosso país […] Eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, as bancadas do PL foram eleitas com urna eletrônica então é natural que se peça um trabalho de fiscalização para que não fique nenhuma dúvida em relação ao nosso sistema eleitoral”, declarou o ex-deputado em comunicado.

 

 

Em coletiva de imprensa realizada no Centro de Convenções do Brasil 21, zona central de Brasília, Costa Neto afirmou que o documento foi feito por especialistas. "Não somos especialistas em segurança de dados, por isso fomos atrás de técnicos que fizessem esse trabalho para garantir a transparência do processo eleitoral. Até porque eu, Valdemar, fui eleito com urna eletrônica, e a bancada do PL foi eleita por urna eletrônica", disse o presidente do partido de Jair Bolsonaro (PL).

 

 

Vestidos de verde e amarelo, apoiadores de Bolsonaro acompanharam o pronunciamento no prédio do Brasil 21, e lotaram a entrada onde ocorreu a coletiva.

 

 

O engenheiro Carlos Rocha, que participou da auditoria contratada pelo PL, afirmou que foi constatada uma falha no log das urnas antigas, fabricadas antes de 2020, o que poderia desqualificar seu uso na contagem de votos. De acordo com o que foi apontado na coletiva, cerca de 250 mil equipamentos do tipo foram usados.

 

 

Dezenas de entidades nacionais e internacionais, incluindo o TSE, Tribunal de Contas da União (TCU) e as Forças Armadas, acompanharam o processo eleitoral. Até o momento, não foram apresentadas provas de irregularidades. O próprio código das urnas eletrônicas foi auditado antes da votação, e até o momento não foram encontradas falhas.

 

 

 (Com informaçes da Metrópoles e Correio Braziliense)

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