quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Foi confirmado, nesta terça-feira (11), pelo diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, durante seu depoimento para a CPI da Covid, que realmente houve um pedido para que a bula da cloroquina fosse alterada.
Segundo informado por ele, o documento possuía o intuito de acrescentar, na bula do medicamento, a indicação de que ele fosse utilizado contra a novo coronavírus. O remédio, no entanto, não possui eficácia cientificamente comprovada contra a doença gerada pelo vírus Sars-CoV-2.
O presidente da Anvisa explicou que esse formato de alteração só pode ser realizado depois que a farmacêutica do medicamento apesentar um “grande dossiê” informando sobre novos usos.
"O documento foi comentado pela dra. Nise Yamaguchi, e eu tenho que dizer que tive uma reação até deselegante porque aquilo não poderia acontecer. Só quem pode modificar uma bula é a agência reguladora desde que seja solicitado pelo detentor da fórmula. [...] Quando houve a proposta de fazer isso, me causou uma reação mais brusca", comentou Torres.
Após a revelação, o diretor informou que não sabe de quem partiu a ideia de alteração da bula da cloroquina, assegurando que reagiu contrariamente à proposta, afirmando que ela “não tem cabimento”. "Não tenho a informação de quem criou o documento. A doutora [Yamaguchi] perguntou sobre a possibilidade e parecia estar mobilizada para esse sentido”, contou.
Questionado sobre a eficácia da cloroquina para o tratamento da Covid-19, Barra Torres informou que existe um estudo em andamento no país até a data de 31 de dezembro deste ano, mas que, já de antemão, existem estudos internacionais demonstrando a ineficácia do medicamento para este caso.
(Com informações do portal Terra e G1)
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