quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Durante coletiva de imprensa em Brasília, a Polícia Federal informou que vai investir R$ 57 milhões na segurança dos candidatos à Presidência. Do total, cerca de R$ 25 milhões serão gastos com o custo operacional (logística, diárias) e R$ 32 milhões com a compra de equipamentos.
A PF ainda informou que pelo menos 300 policiais federais serão designados para cuidar da segurança dos presidenciáveis. Todos passarão por um curso específico para exercer essa função.
A partir do dia 16 de agosto, data marcada para o início da campanha eleitoral, a Polícia Federal vai começar a trabalhar na segurança dos candidatos.
De acordo com o coordenador de proteção à pessoa da Polícia Federal, Thiago Marcantonio Ferreira, a PF vai contar com a assessoria da área de inteligência da corporação para “identificar e neutralizar ameaças aos candidatos”.
Ele ainda afirmou que a PF está preparada para fazer um trabalho melhor do que o que foi feito na segurança dos presidenciáveis em 2018, quando o então candidato Jair Bolsonaro foi esfaqueado.
"O que posso dizer é que a Polícia Federal se qualificou e especializou seu efetivo para ter um atuação melhor do que de 2018. E tenho certeza que 2026 será melhor que esta de 2022, seguindo a lógica de sempre evoluir e aperfeiçoar", afirmou.
Como funciona
Em setembro de 2021 foram publicadas as diretrizes para a segurança dos candidatos nas eleições. A partir da homologação da candidatura em convenção partidária, por lei, os presidenciáveis têm direito à segurança pessoal por meio de agentes da PF.
Cada candidato tem o suporte de 21 policiais federais. No entanto, a quantidade de agentes que acompanha os candidatos em cada evento é planejada de acordo com a necessidade, levando em consideração os locais dos eventos.
A Polícia Federal estabeleceu na instrução normativa, que os partidos devem colaborar com a segurança dos candidatos, informando as agendas com no mínimo 48 horas de antecedência.
Os candidatos interessados devem requisitar formalmente o auxílio à Polícia Federal. Os candidatos também podem contratar seguranças particulares.
Alerta para riscos
A expectativa de que a eleição deste ano seja mais polarizada, segundo a Polícia Federal, alerta para a possibilidade de maiores riscos. A instrução normativa neste ano exige mais comprometimento das campanhas.
O documento ainda afirma que a proteção será ininterrupta e se estenderá até a data da disputa do 2º turno do processo eleitoral.
Deve ser elaborado um plano de ação da proteção pessoal, que deverá conter um relatório de análise de risco e planejamento operacional.
Caso seja constatado o risco de “ameaças concretas” pela PF durante o período de proteção, "o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade".
(Com informações do G1)
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