sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil

Polícia Civil volta a convocar pessoas ligadas à vereadora Marielle Franco

POR Jornal Somos | 21/11/2019
Polícia Civil volta a convocar pessoas ligadas à vereadora Marielle Franco

Reprodução

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Após mais de um ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro voltou a convocar pessoas ligadas à vereadora Marielle Franco e ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Jair Bolsonaro, para depor. A intenção é entender melhor como era a relação entre os dois vereadores, que eram vizinhos de gabinete na Câmara do Rio e teriam se envolvido em discussão no corredor do prédio.

 

No dia 29 de outubro, dia em que o Jornal Nacional, da TV Globo, revelou o depoimento do porteiro do condomínio Vivendas da Barra, a viúva da vereadora, Monica Benicio, voltou a ser ouvida pela polícia. De acordo com pessoas que acompanharam o depoimento, houve insistência em perguntas sobre Carlos.

 

Também foi convocado para falar novamente sobre o assunto, um ex-assessor da vereadora, que afirma ter discutido com o filho de Bolsonaro. Segundo relatos, Carlos teria tentado agredir um assessor de Marielle, que ameaçou chamar a segurança da Câmara para intervir. O vereador nega que tenha havido tentativa de agressão, disse também que nunca brigou com Marielle e o episódio com o assessor tratou-se de uma “discussão sem desdobramentos”.

 

Essa briga foi abordada em depoimentos de ex-funcionários de Marielle no início das investigações, quando Carlos foi ouvido pela polícia na condição de testemunha, no entanto foi deixada de lado ao logo de 2019. O vereador não é investigado neste caso e não foi chamado para prestar novo depoimento.

 

O gabinete de Carlos em nota à imprensa, disse que não tem nada a declarar sobre as apurações da Polícia Civil. “Ressalto que nunca houve brigas entre os parlamentares, não sei de onde você tirou esta informação. Ela não procede. O relacionamento entre o vereador Carlos Bolsonaro e a ex-vereadora Marielle Franco, sempre foi cordial e amigável.”

 

 

A respeito do episódio envolvendo o assessor, a equipe do vereador alegou que “a vereadora estava em seu gabinete e prontamente interviu com a cordialidade que lhe era peculiar.”

 

As investigações até o momento apontam para o envolvimento dos ex-PMs Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, que estão presos desde março. A Procuradoria-Geral da República apontou o ex-deputado e conselheiro licenciado do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, como provável mandante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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