terça-feira, 23 de abril de 2024

Plano de vacinação contra Covid-19 só ficará pronto após registro de imunizante na Anvisa

POR Ana Carolina Morais | 01/12/2020
Plano de vacinação contra Covid-19 só ficará pronto após registro de imunizante na Anvisa

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O plano de vacinação contra a Covid-19 no Brasil só será finalizado após o registro do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme informado nesta terça-feira (1) por Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, durante coletiva de imprensa sobre o combate à Aids.

 


“É fundamental pensarmos que esse plano operacional para a vacinação da Covid-19 só definitivamente ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina, ou mais de uma, que esteja registrada na Anvisa. Para isso, ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”, explicou o secretário.

 


Ainda, segundo Medeiros, a vacina a ser administrada no país precisa ser termoestável, isto é, que não necessite de ser armazenada em temperaturas baixíssimas. “Desejamos que a vacina seja fundamentalmente termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2 a 8 graus, porque a nossa rede de frios é montada e estabelecida com essa temperatura”, afirmou.

 


A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) havia alertado, anteriormente, que os países das Américas não estariam preparados para imunizadores baseados em RNA (material genético), que precisam de temperaturas extremamente baixas, como as vacinas preparadas pela Pfizer e pela Moderna.

 


A vacina da Pfizer, por exemplo, precisa permanecer em temperatura abaixo de -70º C durante o transporte. Para conseguir driblar esse desafio, a farmacêutica desenvolveu uma embalagem especial, em formato de caixa, com controle de temperatura por meio de gelo seco para manter por até 15 dias essa condição de armazenamento.

 


Já no caso do imunizante da Moderna, a temperatura de armazenagem é de -20º C. Apesar disso, a microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Natalia Pasternal, afirmou que a empresa conseguiu que a vacina permaneça pelo período de um mês em geladeira tradicional.

 


Foram revelados, também, outros fatores sobre o perfil desejado para a vacina a ser aplicada no Brasil, são eles: segurança, eficácia, proteção contra a doença em grau moderado e grave, indução de memória imunológica, possibilidade de aplicação em todas as faixas etárias e grupos populacionais, aquisição de proteção com dose única e que ela acrescente tecnologia com baixo custo de produção.

 

 


(Com informações do G1)

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