O Pix, a nova ferramenta de pagamentos instantâneos, registrou relatos de dificuldades para transferência de valores em seu primeiro dia de operação absoluta, nesta segunda-feira (16), onde foram registradas mais de 1 milhão de transações. Apesar dos relatos de falhas, o Banco Central (BC) descartou a ocorrência de instabilidade no sistema.

“É importante diferenciar o que é instabilidade do sistema e o que são operações que não foram completadas. Não houve nenhuma instabilidade no sistema. Houve um volume de operações que não foram completadas em um banco ou outro, e monitoramos isso. Pode ter havido um erro na formatação da chave pelo banco. Quando há um volume grande de operações rejeitadas, entramos em contato com os bancos”, informou Roberto Campos Neto, presidente do BC.

A nova ferramenta de pagamentos estava há 12 dias em funcionamento restrito, apenas para alguns clientes selecionados pelas próprias instituições financeiras, para que estes pudessem testa-la. Agora, o Pix já está disponível para todos os correntistas.

O mecanismo é um formato de pagamento, assim como boletos, TED, DOC, transferências entre contas e cartões de débito ou crédito, mas com a diferença de possibilitar que a operação seja efetuada em qualquer horário e em poucos segundos. Mesmo com vantagens, alguns usuários admitem ainda terem receio de utilizar o Pix.

De acordo com João Manoel de Pinho de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, uma parcela das falhas ocorridas em operações não completadas foi registrada em tentativas de Pix para conta salário. “Não é possível cadastrar uma nova chave para conta salário”, explicou.

Em algumas semanas, mais de 73 milhões de chaves foram cadastradas no Pix. Para o presidente do Banco Central, isto demonstra uma adesão maior do que qualquer aplicativo digital no país já vivenciou. “Achamos que a adesão está bastante ampla, tanto de pessoas físicas como de jurídicas. Obviamente, quando o Pix começa a funcionar, a necessidade de fazer parte do sistema aumenta”, disse.

Com informações de UOL e Infomoney