sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil

Pfizer afirma que governo federal ignorou sua oferta de vacinas contra a Covid-19

POR Ana Carolina Morais | 13/05/2021
Pfizer afirma que governo federal ignorou sua oferta de vacinas contra a Covid-19

Reprodução/Flickr Senado

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Foi confirmado, nesta quinta-feira (13), pelo gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, em seu depoimento para a CPI da Covid no Senado, que o governo federal brasileiro não respondeu às propostas de contrato de aquisição de vacinas contra a Covid-19 enviadas em 15 de agosto de 2020 pela fabricante.

 

 

Se a negociação com a Pfizer tivesse ocorrido naquela época, o Brasil poderia já ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacina, uma vez que, na melhor oferta feita pela empresa, a previsão era de 1,5 milhão de doses já em 2020 e outras 3 milhões logo no primeiro trimestre desse ano de 2021.

 

 

As negociações, segundo explicado pelo representante da Pfizer, haviam sido realizadas com o Ministério da Saúde, em especial com o ex-secretário-executivo Élcio Franco, sendo feito também contatos com o ministro da Economia, Paulo Guedes e com o ex-secretário de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, além de parlamentares como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.

 

 

A primeira proposta feita pela Pfizer oferecia 70 milhões de doses. O prazo de resposta era de 15 dias, período que foi expirado pela falta de resposta do governo. A segunda e terceira ofertas de 70 milhões de doses foram feitas em 18 e 26 de agosto, e também não foram aceitas pelo governo. Todas essas propostas possuíam cronograma de início da entrega dos imunizantes em 2020.

 

 

Segundo Carlos Murillo, até o momento não houveram atrasos no cronograma de entrega da Pfizer. Isso significa que, se o governo brasileiro tivesse acatado uma das propostas realizadas, as primeiras vacinas teriam chegado ao país ainda no mês de dezembro de 2020, onde a imunização poderia ter sido iniciada a partir de um pedido, à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de aprovação de uso emergencial.

 

 

(Com informações do O Globo e BBC)

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