quinta-feira, 28 de março de 2024

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PF prende Sara Winter que é principal porta voz do grupo ativista '300 do Brasil'

POR | 15/06/2020
PF prende Sara Winter que é principal porta voz do grupo ativista '300 do Brasil'

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Na manhã de hoje, segunda feira (15/06), a Polícia Federal (PF) prendeu a ativista Sara Winter e ainda está cumprindo mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas por exercerem atos antidemocráticos, em Brasília.

 

Segundo informações da própria PF, a prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O mandado atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Winter, cujo nome de batismo é Sara Geromini, é chefe do grupo "300 do Brasil", que são militantes de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os outros investigados também estão ligados ao grupo. A prisão da moça ocorre dentro do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre a produção fake news. Ao portal G1, a defesa de Sara Winter disse "ainda não ter conhecimento sobre o motivo da prisão".

 

No fim de maio, a ativista de 27 anos, foi alvo de busca e apreensão pelo inquérito das fake news. Em seguida, publicou um vídeo afirmando ter vontade de "trocar socos" com Moraes e prometendo infernizar a vida do ministro e persegui-lo. Por causa de suas declarações, ela acabou expulsa do DEM, partido pelo qual tentou se eleger deputada federal no Rio de Janeiro nas eleições de 2018. Com 17.246 votos, não conseguiu ser eleita.

 

Winter reconheceu publicamente, pela primeira vez, a existência de armas dentro do acampamento, em entrevista recente à BBC News Brasil.

De acordo com a ativista, as armas serviriam para "proteção dos próprios membros do acampamento". "Em nosso grupo, existem membros que são CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância", afirmou. A existência de armamento entre os membros do grupo radical despertou preocupação por supostas atividades paramilitares - o que Winter negou.

 

Por causa disso, o STF autorizou a abertura do procedimento para apurar quem seriam os financiadores do movimento. Na autorização para a investigação que inclui o grupo, a corte ressaltou que a Constituição brasileira veda o "financiamento e a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático" e a "realização de manifestações visando ao rompimento do Estado de Direito".

 

À BBC News Brasil, a autoproclamada conferencista internacional disse que defendia "métodos de ação não-violenta" e alegou que "absolutamente nenhum dos integrantes dos 300 do Brasil fala sobre 'milícia armada', muito menos sobre invadir o Congresso ou STF".

 
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