quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), desenvolveram um nanorreservatório que permite que o fármaco anticâncer ataque somente as células doentes, preservando as sadias, e assim evitará que o paciente tratando de um câncer não sofra os efeitos colaterais do tratamento, como a perda de cabelos, fadiga, hematomas, perda de apetite, náuseas e vômitos, entre outras reações desagradáveis.
“As células cancerosas têm um PH mais ácido do que uma célula sadia. O que a gente pensou? Vamos desenvolver um sistema em que a gente use um fármaco que já é conhecido, mas desenvolver um método para que a gente conseguisse direcionar esse fármaco só para a célula de câncer. E que ele liberasse o conteúdo só nesse local, sem que fossem atingidas as células sadias”, afirmou a Professora Célia Ronconi que é Coordenadora do Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia da UFF.
Ela ainda explicou como o nanorreservatório funciona. “Diminuímos o PH, colocamos um PH ácido. Quando o PH diminuiu, essa tampa a gente percebeu que ela sai da superfície, dos poros que estavam tampando, e o fármaco é liberado. No PH do sangue, que é o PH fisiológico, a tampa não sai, ela fica presa e o fármaco não sai. Ou seja, a gente conseguiu desenvolver como se fosse uma válvula que vai abrir só quando encontrar o pH mais ácido, das células de câncer", finalizou.
Ainda é uma pesquisa que está no início e até o momento só foi testada em laboratório, mas já será dado o próximo passo, iniciando os testes em ratos para que, no futuro, o dispositivo possa ser testado em seres humanos.
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