quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta quinta-feira (27), a taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,7% no primeiro trimestre deste ano, representando uma alta de 0,8 ponto percentual em comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%). A porcentagem corresponde a mais de 880 mil pessoas desocupadas, no total são 14,8 milhões em busca de trabalho no país.
Essas são a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Iniciada em 2012).
“Esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, disse Adriana Beringuy, analista da pesquisa do Pnad.
Segundo o IBGE, a população ocupada – que atualmente é de 85,7 milhões – ficou estatisticamente estável na comparação com o último trimestre do ano passado. No entanto o nível de ocupação (48,4%) caiu 0,5 ponto percentual. O nível de ocupação tem ficado abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio de 2020, isso indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.
“Essa redução do nível de ocupação está sendo influenciada pela retração da ocupação ao longo do ano passado, quando muitas pessoas perderam trabalho. Em um ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a população ocupada reduziu em 6,6 milhões de pessoas”, disse a analista da pesquisa, observando que os impactos da pandemia só ficaram visíveis no mercado de trabalho no final de março do ano passado.
Subutilizados e desalentados batem recorde
Um outro destaque da Pnad Contínua foi a alta no total de pessoas subutilizadas. Pessoas subutilizadas são as desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. No primeiro trimestre, o contingente chegou a 33,2 milhões, o maior da série histórica, um aumento de 3,7% com mais 1,2 milhão de pessoas.
As pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, conhecidos como desalentados, somaram 6 milhões, essas ficaram estáveis em relação ao último trimestre de 2020, mas permanecendo ainda no maior patamar da série.
34 milhões de trabalhadores na informalidade
São 34 milhões de trabalhadores informais, alcançando a porcentagem de 39,6%. No trimestre anterior, a taxa era de 39,5% e no mesmo trimestre de 2020, 39,9%.
Rendimento médio fica estável
Ainda é mostrado na pesquisa, que o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 2.544 no primeiro trimestre deste ano, isso representa estabilidade em relação ao último trimestre de 2020. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, também ficou estável, atingindo R$ 212,5 bilhões.
Metodologia de pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. É considerado desempregado pelo IBGE quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Também existem outros números referentes a desemprego apresentados pelo Ministério da Economia com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Na quarta-feira (26), o governo divulgou dados da Caged sobre o mês de abril. O resultado apontou que o Brasil abriu mais de 120 mil vagas de emprego com carteira assinada no mês passado.
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(Com informações do Mais Goiás)
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