quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A taxa de famílias com dividas no cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação da casa aumentou em dezembro de 2019, chegando a 65,6%.
Esse é o maior patamar da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010. Divulgado nesta quinta-feira (09), o resultado é maior do que os 65,1% observados em novembro e superior aos 59,8% registrados em dezembro de 2018.
De acordo com a pesquisa, o percentual de famílias inadimplentes, diminuiu em dezembro de 2019, em comparação com o mês imediatamente anterior, passando de 24,7% para 24,5% do total. No entanto, houve um aumento do percentual de famílias inadimplentes em relação a dezembro de 2018, que registrou 22,8%.
Também diminuiu o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes. Em comparação mensal o mês de dezembro foi menor sendo 10% em comparação a novembro 10,2%. O indicador alcançou 9,2% em dezembro de 2018.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, avalia que o resultado, apesar de ligar o sinal de alerta, não pode ser considerado negativo. Segundo o mesmo, como o endividamento não foi acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência, os dados indicam uma dívida com responsabilidade e compatível com a renda das famílias.
“A tendência de alta do endividamento está associada à ampliação do mercado de crédito ao consumidor, impulsionada por fatores como a melhora recente no mercado de trabalho, sobretudo no emprego formal, e a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos, o que permitiu a redução do custo do crédito”, afirmou Tadros, em nota.
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