quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Após três meses e meio, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, será efetivado como titular da pasta pelo presidente Jair Bolsonaro. A cerimônia está prevista para próxima quarta feira, às 17 horas, no Palácio do Planalto.
O general do Exército assumiu o posto em 15 de maio, no lugar de Nelson Teich que pediu demissão do cargo após conflitos com o presidente pelo uso da Cloroquina. Pazuello era secretário-executivo do ministério e desde que subiu de cargo vinha sendo reiteradamente elogiada por Bolsonaro, que dizia reconhecer no subordinado a capacidade de gestão. Ele chegou ao ministério após a demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, em abril, sendo escolhido por Teich para ser seu número 2.
Segundo publicação do O Globo, em reservado, outro integrante da cúpula do governo apontou o "excelente trabalho" do ministro interino como motivo para a efetivação. De acordo com relatos de auxiliares palacianos, convites para o evento já começaram a ser distribuídos na Esplanada dos Ministérios.
Nas últimas semanas, o fato de Pazuello ainda estar na ativa das Forças Armadas chegou a ser usado na pressão de parlamentares sobre o presidente Bolsonaro para o ministro fosse substituído. Ele é o único militar nesta condição entre os ministros e, até o momento, não anunciou se irá para a reserva, como defendem militares. Mas segundo o mesmo jornal, o presidente ressaltou que o pior da pandemia já passou e que a atuação do militar foi satisfatória. O Ministério da Saúde confirmou que o ministro será oficializado no cargo. A pasta não informou se, com isso, ele deve ir para a reserva.
Inicialmente, Pazuello costumava dizer que ficaria apenas por 90 dias. O prazo, porém, encerrou em agosto. Dias depois, ele deixou oficialmente o comando da 12ª região militar, em Manaus, para onde dizia que pretendia voltar após o que define como "missão" no ministério. No cargo como interino, Pazuello aumentou o número de militares em cargos de comando e até mesmo em postos estratégicos - foram ao menos 28 nomeados. Em julho, o assunto chegou a ser pivô de uma crise com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que disse que o Exército se associou a um "genocídio" em alusão à condução do governo federal frente à epidemia da Covid-19. Após intermediação de Bolsonaro, os dois conversaram por telefone para aparar arestas.
Outro fato seria quanto ao medicamento cloroquina ser ou não efetivo e necessário ao tratamento e prevenção à Covid-19. Em relação a isto, o militar ampliou a oferta da cloroquina, medida rechaçada por especialistas, e chegou a retirar dados do total de casos da Covid-19 de painéis da pasta, o que levou órgãos de imprensa a organizar um consórcio para divulgar os dados.
Agora com sua nomeação esperasse que a Saúde seja o grande foco, mesmo que o novo futuro ministro da Saúde não tem nenhuma formação ou experiência na área da Saúde anterior ao cargo federal.
Fonte: O Globo e Folhapress
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