quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Pantanal já possui o maior número mensal de focos de incêndio desde 1998, quando se iniciou a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de setembro até esta quarta-feira (23), foram registrados, no bioma, 6.048 pontos de queimadas. O recorde mensal anterior era do mês de agosto de 2005. Na época, foram 5.993 pontos de incêndio.
Se comparado ao ano passado, onde foi detectado 2.887 focos de incêndio em 30 dias no mês de setembro, o ano de 2020 já possui uma alta de 109% neste mesmo período. O quantitativo de pontos de queimadas neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 focos de incêndio.
Os recordes para os valores mensais de queimadas estão sendo batidos desde julho. Sendo assim, não apenas setembro, mas também em agosto e julho, foram registrados os maiores números já contabilizados para cada um destes meses.
— Jornal Somos (@JornalSomos) September 24, 2020
A região pantaneira enfrenta seu maior período de estiagem em 47 anos, conforme informado pelo diretor-executivo da SOS Pantanal, Felipe Augusto Dias, e essa falta de chuvas contribui para asseverar a problemática das queimadas. Para ele, somente a chuva poderá melhorar a situação, que mesmo com alguns registros nos últimos dias, ainda não foram suficientes para apagar definitivamente os incêndios.
Apesar de faltar apenas três meses para o ano acabar, 2020 já ultrapassou, também, o recorde de queimadas em um ano para o Pantanal. De janeiro até esta quarta (23), foram 16.201 focos de incêndio registrados. Em 2005, ano com índices mais elevados até então, foram 12.536 queimadas, o que representa uma alta de aproximadamente 29%.
O Parque Estadual Encontro das Águas, refúgio das onças pintadas, já teve 85% de seu território destruído pelo fogo. Segundo o Inpe, até 31 de agosto havia ocorrido uma perda de 12% do bioma neste ano, o que representa 18,6 km² do local.
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