quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Desde 2015 a Operação Zelotes investiga a venda de medidas provisórias e irregularidades nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf). As investigações apontam que houve negociações entre conselhos do Carf e empresas para reduzir ou anular multas.
Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, é testemunha de acusação da Operação Zelotes, a qual condena o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva por corrupção passiva. Palocci disse em seu depoimento que o filho de Lula, Luiz Cláudio, recebeu recursos de um lobista por venda de medida provisória.
Palocci afirma em seu depoimento que o filho de Lula o havia procurado para que o ajudasse a obter de empresas ao menos R$ 2 milhões para um de seus empreendimentos; mas Lula intercedeu dizendo que já havia obtido o dinheiro com o lobista Mauro Marcondes.
Palocci também disse que em 2013 os benefícios fiscais foram renovados pela presidente Dilma devido a nova medida provisória. De acordo com ele, Lula confirmou ter negociado com montadoras para que as medidas fossem aprovadas. As negociações, segundo Palocci, ocorreram através de Marcondes.
O ex-ministro disse não ter como provar o pagamento dos recursos das montadoras a Luiz Cláudio, que não é réu, e também afirmou não ter conhecimento direto da participação de Marcondes na elaboração das medidas provisórias.
No início do julgamento a defesa de Lula tentou suspender o depoimento de Palocci, alegando que ele havia feito acordo de delação premiada relativo a outras ações à qual a defesa não teve acesso, sendo então uma testemunha tendenciosa em troca de benefícios do Ministério Público.
O juiz responsável, Soares Leite, negou o pedido da defesa, justificando a delação de Palocci não é relacionada a Operação Zelotes, e sim à Lava-Jato.
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