quinta-feira, 19 de junho de 2025
A confusão entre o padre Fábio de Melo e o ex-gerente de uma cafeteria Havanna, em Joinville (SC), ganhou novos desdobramentos e chegou até o Vaticano. Um bispo de Santa Catarina denunciou o religioso à Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por avaliar condutas de membros da Igreja Católica.
Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, a denúncia partiu de um entendimento de que a atitude do padre, ao comentar publicamente o episódio envolvendo o ex-funcionário Jair José Aguiar da Rosa, não teria sido compatível com os valores cristãos. A reclamação, no entanto, não deve gerar punições graves, apenas uma advertência disciplinar que “mancha” o histórico do padre.
Criada em 1542, a Congregação para a Doutrina da Fé tem origem na Inquisição e hoje atua como uma instância que investiga comportamentos inadequados de religiosos, como desvio de conduta, abusos e escândalos internos.
A polêmica começou quando um vídeo envolvendo o ex-gerente viralizou nas redes sociais. Após a repercussão, Jair foi demitido da cafeteria e, em resposta, decidiu processar a empresa e o padre Fábio de Melo.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh), já foi iniciada uma ação cível contra o religioso e há outra, trabalhista, sendo preparada contra a empresa. Segundo o advogado Eduardo Tocilo, a cafeteria “jogou toda a culpa sobre o empregado” para tentar conter os danos da repercussão.
Jair revelou que está enfrentando dificuldades emocionais desde o ocorrido. Em entrevista ao programa Tá na Hora, do SBT, ele contou que desenvolveu depressão e precisou interromper os estudos a três meses da formatura. “Minha vida virou de cabeça para baixo. Estou com três síndromes diagnosticadas por causa da exposição”, relatou.
Ainda segundo ele, o vídeo mostra que não houve interação direta entre ele e o padre. “Quem falou do doce de leite foi um rapaz de regata vermelha, não o padre. Não falei com ele e nem ele comigo”, afirmou.
Em nota, padre Fábio de Melo defendeu sua conduta e lamentou os julgamentos precipitados. “Nunca tive a intenção de ferir ou prejudicar ninguém. A verdade, muitas vezes, é abafada pelo barulho das redes sociais e tribunais da internet”, afirmou.
O religioso também reforçou seu compromisso com o diálogo e a humildade: “Se causei dor a alguém, estendo a mão não para julgar, mas para acolher. Porque foi isso que Cristo me ensinou. O amor sempre se oferece e perdoa”.
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