quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Divulgação
Com 3,5 milhões de casos até o momento neste ano, a América Latina e o Caribe enfrentam sua pior temporada de dengue, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quinta-feira (28). Transmitida pelo Aedes aegypti, a doença causa sintomas como febre e dores musculares. Os casos registrados até 26 de março ultrapassam 3,5 milhões, com mais de 1.000 mortes, três vezes mais do que o mesmo período em 2023.
O aumento é especialmente notável em países do Cone Sul, com Brasil, Paraguai e Argentina respondendo por 92% dos casos e 87% das mortes. O padrão sazonal da dengue contribui para a maior transmissão durante os meses mais quentes e chuvosos do primeiro semestre.
"A vacina que temos disponível não vai erradicar a epidemia de dengue", porque "tem um alcance limitado", afirmou na coletiva de imprensa o médico Daniel Salas, gerente executivo do programa especial de imunização integral da Opas à AFP. Essa vacina, recomendada dos 6 aos 16 anos, é administrada em duas doses com três meses de intervalo, e estudos mostram, de acordo com a Opas, que são necessários oito anos de vacinação para se obter um impacto significativo na transmissão.
A influência do fenômeno El Niño e das mudanças climáticas é destacada, aumentando a proliferação do mosquito vetor. Fatores sociais como urbanização não planejada e saneamento precário também desempenham um papel crucial. A eliminação dos criadouros de mosquitos, principalmente em ambientes domésticos, é enfatizada como a melhor forma de controle, superando vacinas e outras tecnologias.
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