Os recursos destinados ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) serão 35% menores neste ano em comparação ao ano passado devido ao número de vagas ociosas. Em 2021 foram R$ 8,48 bilhões investidos e, agora, em 2022, serão R$ 5,53 bilhões. Um dos motivos apontados para a ociosidade de vagas são as regras de 2015 do programa, que não garantem o financiamento de 100% e, com isso, os alunos acabam desistindo do curso superior por não conseguirem bancar o valor restante das mensalidades.

A proposta do Fies, programa do governo federal, é arcar com uma parte das mensalidades de acadêmicos que estudam em universidades privadas. Em troca desse pagamento realizado pelo governo durante o período do curso, os beneficiários precisam quitar o financiamento depois de formados.

O valor destinado ao Fies neste ano é próximo à quantia que foi empenhada, ou seja, próximo ao valor que foi separado para fazer o pagamento em 2021. Porém, o que geralmente acontecia é que mesmo se essa quantia empenhada no ano anterior fosse menor, o valor no Orçamento do próximo ano se mantinha maior. Foi o caso, por exemplo, de 2020, em que foram empenhados 6,5 bilhões, mas, apesar disso, em 2021, a dotação ficou em R$ 8,48 bilhões.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que é o órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pela execução das políticas educacionais, a “redução é condizente com a baixa execução em 2021, cerca de 50% da dotação de 2021, devida à baixa adesão de matrículas no ano passado (cerca de 50% de adesão)”.

(Com informações do G1)