quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou, nessa semana, que os níveis de armazenamento do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) poderão chegar, no mês de outubro, em 12,6% da capacidade de seus reservatórios. A expectativa diante deste dado é de que estes reservatórios atinjam seus piores níveis dos últimos 20 anos.
Apesar da previsão do retorno das chuvas, de acordo com o ONS, as precipitações no Centro-Oeste e Sudeste deverão sofrer uma queda, ficando em 57% da média histórica, o que contribuirá ainda mais para a redução dos reservatórias destas regiões, que são os responsáveis por aproximadamente 70% da geração hídrica do país.
O Brasil já viveu um cenário semelhante de crise hídrica em 2001. No entanto, naquela ocasião, as dificuldades ocorreram não somente pelo período de seca, mas devido à baixa quantidade de fontes de energia disponíveis.
“Estamos no período seco, o volume de chuva é muito pequeno. Fora isso, o que chove está abaixo da média. Nesse período do ano, nós realmente temos o costume de usar as reservas energéticas, mas não com tanto volume como neste ano. Podemos dizer que a situação está muito crítica. Temos um exemplo que foi em 2001, quando tivemos um cenário parecido com o registrado este ano. Mas naquela época, o motivo da crise foi outro: a rede energética do Brasil tinha menos fontes de energia disponíveis e menor oferta de termelétricas”, explica Diogo Lisbona, pesquisador e especialista em energia elétrica da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
(Com informações do Jornal Opção, da CNN Brasil e do Valor Econômico)
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