quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
As proprietárias da ONG Pata Voluntária, que fazem trabalho de acolhimento de animais abandonados em Maceió, foram presas na tarde desta sexta-feira (5) suspeitas de fraude para conseguir dinheiro de internautas. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado Leonam Pinheiro.
Na última quinta (4), o perfil da ONG nas redes sociais, que tem 1,5 milhão de seguidores, postou um pedido de ajuda, relatando um assalto sofrido no abrigo. No post, foi citado o episódio de assédio e agressão.
"Estamos em pânico, com medo, sem forças pra nada, mas infelizmente não temos a opção de parar pra nos recuperar, temos que lutar pelos animais que resgatamos, pois eles não têm mais ninguém no mundo a não ser nós aqui e vocês. Os animais estão sem nada e não temos de onde tirar, o que tem na sede principal só dá para os animais doentes, estamos desesperadas. Por misericórdia imploramos que ajudem", diz trecho do post.
Nesta manhã, a ONG fez um novo post com a foto de dois Boletins de Ocorrência, feitos em Maceió e em Messias, e um pedido de desculpas pela demora em registrar o crime. "Ontem ainda estávamos completamente em choque pelo trauma que passamos, pois não foi apenas um roubo, fomos humilhadas e agredidas".
No mesmo post, a ONG agradece aos delegados Leonam Pinheiro e Bruno Lima, este último também deputado estadual de São Paulo, além do procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, pelo apoio dado na ocasião.
Contudo, horas depois, uma nova mensagem foi postada no perfil da ONG. "Peço a todos que parem de doar. Infelizmente, descobrimos que não houve crime algum. Trata-se de uma fraude". A mensagem é assinada pelos delegados Leonam Pinheiro, Fábio Costa e Thiago Prado.
"Aqui supostamente seria a sede do abrigo. Nós encontramos fechada, do jeito que estou mostrando, não tem absolutamente nada, nem estrutura, muito menos animais, está a sede totalmente abandonada. Aqui é o local onde supostamente teria acontecido o assalto, onde elas foram assediadas, onde estariam os animais", diz o autor do vídeo, um dos delegados.
A Polícia Civil ainda não deu detalhes da investigação e informou que as suspeitas estão prestando depoimento na sede da Divisão Especial de Investigação de Capturas (Deic) sobre o caso.
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