quinta-feira, 18 de abril de 2024

Brasil

OCDE reduz previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2019

POR Jornal Somos | 27/05/2019
OCDE reduz previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2019
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Em março, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez um relatório com previsões intermediárias, estimando que o PIB do Brasil cresceria 1,9% neste ano. A projeção também já era menor do que a divulgada pela organização em novembro passado, no estudo semestral anterior, de aumento de 2,1% do PIB.

 

Para 2020, a previsão da OCDE é de expansão de 2,3% da economia brasileira, levemente abaixo das projeções de crescimento de 2,4% realizadas nos últimos meses. No estudo divulgado, a OCDE destaca a importância da reforma da Previdência para a sustentabilidade das contas fiscais e afirma que permanecem as incertezas sobre sua implementação.

 

A OCDE afirma que a economia brasileira continua se recuperando, mas o ritmo diminuiu, especialmente para os investimentos, "já que todos os olhos estão voltados para a capacidade do novo governo de realizar reformas". Na hipótese de uma Reforma da Previdência "bem-sucedida e da consequente melhoria da confiança", a previsão é que o crescimento aumente em 2019 e 2020 e que o desemprego diminua, inclusive com a criação de empregos formais.

 

Para o economista Cláudio Laval, esse relatório deve ser analisado.

“A OCDE em seu relatório econômico de fevereiro de 2018, indica três pilares liberais para a retomada do crescimento econômico do Brasil: a promoção do crescimento inclusivo com mais reformas significativas que reduzam as desigualdades sociais e sustentabilidade das contas públicas, escolhas políticas difíceis, principalmente em relação à previdência social e às transferências sociais; maior investimento e produtividade para o crescimento futuro com carreiras profissionais alongadas e maduras, consequentemente melhor remuneradas, realimentando a economia por meio do consumo e também maior integração global e regional, reduzindo barreiras comerciais, desonerando insumos de produção e fortalecendo as exportações com maior valor agregado. O mercado provocaria investimento melhorando a produtividade e gerando emprego e renda, um ciclo virtuoso. Os indicadores de bem-estar da OCDE mostram que o Brasil está muito abaixo com relação a segurança, educação, renda e riqueza em relação aos países membros. A equipe econômica do governo brasileiro parece estar seguindo as recomendações do relatório de 2018, um contraponto às políticas utilizadas anteriormente, da linha de pensamento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL em que se busca da independência do hemisfério norte, países desenvolvidos, aonde os países periféricos são responsáveis por produtos de baixo valor e compram mercadorias de alto valor agregado, gerando estagnação econômica e dependência tecnológica. Vivemos uma polarização política e ideológica, no entanto precisamos de um projeto de nação. Ou seja, "qual é o Brasil que eu quero?”.

 

 

 

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