quinta-feira, 21 de novembro de 2024
A preocupação com a obesidade infantil no Brasil tem sido alarmante e acredita-se que a solução é fazer com que os pais mudem seus hábitos
Redação Jornal Somos
A preocupação com a obesidade infantil no Brasil aumentado e acredita-se que a solução é fazer com que os pais mudem seus hábitos.
Um novo estudo feito por cientistas de Harvard (EUA) estabeleceu uma pesquisa relacionada à obesidade infantil e concluiu que as crianças têm uma chance 75% menor de se tornarem obesas na infância ou na adolescência quando os pais, durante esse período, mantêm um conjunto de cinco hábitos: ter uma dieta saudável, manter o peso sob controle, fazer exercícios regularmente, consumir álcool com moderação e não fumar.
Este estudo traz uma reflexão para as soluções da obesidade infantil no Brasil.
Para entendermos melhor estes cuidados a médica Thais Aquino de Amorim (CRM 15033 GO) explica que restrições nos educam.
“Quando somos maduros o suficiente para buscarmos livremente restrições, somos capazes de atingir um nível melhor de qualidade de vida. Amadurecimento nem sempre tem a ver com a idade, mas em geral, nós adultos temos mais capacidade de entendermos o quanto um “não” pode nos fazer bem. Vivemos em uma era na qual observamos que esse “não” é cada vez menos frequente na educação dos nossos filho, na qual demonstramos para eles que não somos capazes de dizer “não” para nós mesmo. A consequência são os números alarmantes de crianças obesas que se alimentam diariamente de produtos industrializados e ricos em açúcares. Na nossa cultura, doce é sinônimo de afeto e muitos pais não conseguem entender que essa forma de afeto pode ser responsável por um indivíduo doente no futuro. Quando esses pais observam que suas crianças começaram a manifestar sintomas inflamatórios, como a gastrite, eles começam a se preocupar. Muitos procuram ajuda profissional, mas esquecem de focar no principal: o exemplo. Uma frase que cabe perfeitamente nesse contexto é ‘o mundo muda com seu exemplo, e não com sua opinião’.”
E finaliza aconselhando “Portanto, se você está preocupado com a saúde do seu filho comece por você. Mulheres que desejam serem mães comecem agora, pois, de nada adianta conversar com seus filhos a respeito da importância da alimentação para um crescimento saudável se você consome diariamente refrigerantes, bebidas alcóolicas, açúcares e industrializados. Pais que têm hábitos ruins, ainda dá tempo. Repense. Mude”.
Em nota ao Jornal Somos, a pediatra Maria Carolina Marciano Campos de Souza (CRM 14138 GO), explica a importância da alimentação saudável que a mãe precisa ter desde a gestação da criança.
“A mãe é o espelho da criança e o reflexo de uma alimentação saudável. Meu filho vai comer o que eu ofereço. Quanto mais saudável a alimentação da mãe, mais saudável será a do bebê. Quanto mais colorido e diverso a alimentação mais amplo o paladar. O paladar do bebê sofre interferências desde a gestação. Quando os bebês estão dentro do útero materno, a visão é um sentido pouco utilizado. Por isso, ao nascer e abrir os olhos podemos observar que seu olhar dificilmente fixa pessoas ou objetos. Ao longo do primeiro mês, ela vai se aprimorando e, no segundo mês, os bebês já conseguem fixar o olhar em pessoas ou objetos que estão por perto de seu alcance visual. Por isso fazer pratos bonitos ajuda no paladar”.
A pediatra complementa, “Até dois anos não se oferece sucos, doces e refrigerantes às crianças devido ao risco de obesidade”.
A criança com obesidade tende a ser um adulto obeso, o que ocasiona, além das doenças crônicas causadas pelo excesso de peso, consequentemente problemas psicológicos, sociais e também na família. O que nos leva a pensar em um tratamento para que esta criança não sofra problemas futuros.
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