quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
As pesquisas realizadas tanto nacional quanto internacionalmente têm gerado preocupação quanto ao futuro da educação brasileira. Uma importante avaliação internacional da educação básica, Pisa, mostrou que 61% dos alunos brasileiros que participaram não conseguiram chegar à última questão da primeira parte da prova. O resultado final apontou que na prova, que abordava conteúdos de Literatura, Matemática e Ciências, grande parte deles foi mal. Hoje, o país é o penúltimo no ranking de educação, elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) com 34 países.
Mas, esse resultado também é o espelho de várias outras situações. O fraco desempenho também aponta a falta de habilidade de realizar provas, além do baixo conhecimento dos conteúdos apresentados. Tudo isso, reflete o problema em que a educação brasileira se encontra. Não apenas um, mas vários problemas.
Ao longo dos anos, a licenciatura deixou de ser o foco dos universitários, com outros cursos tomando o lugar no mercado. Seja pela falta de estrutura ou de apoio governamental ou das bases da educação, no Brasil, metade dos professores não recomendaria a um jovem se tornar educador, considerando a profissão desvalorizada. E, infelizmente, esse número tende a aumentar consideravelmente, e com razão. Os docentes apontam como medidas mais importantes para a valorização da carreira, a formação continuada e a escuta dos docentes para a formulação de políticas educacionais. Eles consideram urgentes, também, a restauração da autoridade e o respeito à figura do professor, desmistificando que o problema é apenas o salário.
A estrutura das escolas, principalmente públicas, reflete a falta de investimento para que os professores trabalhem, associando isso ao conjunto das principais medidas que as pessoas entendem como importantes para valorizar a carreira.
Tudo isso também se associa ao estudo feito pelo Ibope, que apontou que três em cada dez são analfabetos funcionais, além de 29% de brasileiros classificados nos níveis mais baixos de proficiência e escrita, há 8% de analfabetos absolutos (quem não consegue ler palavras e frases).
As políticas de educação de jovens e adultos no Brasil são precárias, não são consistentes e constantes nessa área, principalmente quando se trata de mudança de governos, muitas dessas políticas se estagnam porque um governo não continua a política de investimento do outro. Isso afeta da gestão ao aluno, que não consegue acompanhar as mudanças propostas, e fica a mercê da falta de acesso a um sistema de ensino de qualidade, aprofundando as desigualdades. Por isso, o envolvimento de todos ajuda na busca da eficiência e fiscalização do sistema educacional no Brasil, mas, que está longe de ser 100% corrigido.
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