quinta-feira, 18 de abril de 2024

Brasil

O futuro incerto da educação no Brasil

POR Jornal Somos | 14/08/2018
O futuro incerto da educação no Brasil
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As pesquisas realizadas tanto nacional quanto internacionalmente têm gerado preocupação quanto ao futuro da educação brasileira. Uma importante avaliação internacional da educação básica, Pisa, mostrou que 61% dos alunos brasileiros que participaram não conseguiram chegar à última questão da primeira parte da prova. O resultado final apontou que na prova, que abordava conteúdos de Literatura, Matemática e Ciências, grande parte deles foi mal. Hoje, o país é o penúltimo no ranking de educação, elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) com 34 países.

 

Mas, esse resultado também é o espelho de várias outras situações. O fraco desempenho também aponta a falta de habilidade de realizar provas, além do baixo conhecimento dos conteúdos apresentados. Tudo isso, reflete o problema em que a educação brasileira se encontra. Não apenas um, mas vários problemas.

 

Ao longo dos anos, a licenciatura deixou de ser o foco dos universitários, com outros cursos tomando o lugar no mercado. Seja pela falta de estrutura ou de apoio governamental ou das bases da educação, no Brasil, metade dos professores não recomendaria a um jovem se tornar educador, considerando a profissão desvalorizada. E, infelizmente, esse número tende a aumentar consideravelmente, e com razão. Os docentes apontam como medidas mais importantes para a valorização da carreira, a formação continuada e a escuta dos docentes para a formulação de políticas educacionais. Eles consideram urgentes, também, a restauração da autoridade e o respeito à figura do professor, desmistificando que o problema é apenas o salário.

 

A estrutura das escolas, principalmente públicas, reflete a falta de investimento para que os professores trabalhem, associando isso ao conjunto das principais medidas que as pessoas entendem como importantes para valorizar a carreira.

 

Tudo isso também se associa ao estudo feito pelo Ibope, que apontou que três em cada dez são analfabetos funcionais, além de 29% de brasileiros classificados nos níveis mais baixos de proficiência e escrita, há 8% de analfabetos absolutos (quem não consegue ler palavras e frases).

 

As políticas de educação de jovens e adultos no Brasil são precárias, não são consistentes e constantes nessa área, principalmente quando se trata de mudança de governos, muitas dessas políticas se estagnam porque um governo não continua a política de investimento do outro. Isso afeta da gestão ao aluno, que não consegue acompanhar as mudanças propostas, e fica a mercê da falta de acesso a um sistema de ensino de qualidade, aprofundando as desigualdades. Por isso, o envolvimento de todos ajuda na busca da eficiência e fiscalização do sistema educacional no Brasil, mas, que está longe de ser 100% corrigido.

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