O valor do salário mínimo de 2020, que vinha sofrendo especulações no final do segundo semestre de 2019 em relação a qual montante seria constituído, foi definido em R$ 1.039,00 com decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e começou sua vigência nesta quarta-feira (01), resultando em um aumento de R$ 41 para os bolsos brasileiros.

A quantia, que segundo o ministro da economia Paulo Guedes seria o valor atual, de R$ 1.039,00, teve queda em sua projeção para R$ 1.030,00 em razão da estimativa do índice inflacionário. Entretanto, com o reajuste da inflação do ano, que encerrou 2019 em 4,1%, o salário base foi em desacordo com o previsto na Lei Orçamentária de 2020 e seguiu a sua primeira estimativa feita por Guedes.

O Ministério da Economia explanou que um dos motivos que pressionou a resolução do salário foi o crescimento geral nos preços no final do ano, principalmente no valor da carne.

"Anteriormente, o governo projetou o salário mínimo de R$ 1.031 por mês para 2020, conforme a Mensagem Modificativa ao Projeto da Lei Orçamentária de 2020 (PLOA-2020). A recente alta do preço da carne pressionou a inflação e, assim, gerou uma expectativa de INPC mais alto, o que está refletido no salário mínimo de 2020. Mas como o valor anunciado ficou acima do patamar anteriormente estimado, será necessária a realização de ajustes orçamentários posteriores, a fim de não comprometer o cumprimento da meta de resultado primário e do teto de gastos definido pela Emenda Constitucional nº 95", informou o Ministério, em nota.

Desde o início do Plano Real, no ano de 1994, esta é a primeira vez na história do Brasil que o salário mínimo ultrapassa a faixa de R$ 1 mil.