quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta quarta-feira (30), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a autorização, em caráter emergencial, do medicamento para a covid-19 Paxlovid, que compreende o uso combinado dos remédios nirmatrelvir e ritonavir. O produto é fabricado pela indústria farmacêutica Wyeth.
O medicamento é indicado para adultos que testaram positivo e não precisam de oxigênio e tem risco de evolução para quadros graves da doença. O principal efeito do medicamento é no combate à piora nas condições de saúde dos infectados.
O remédio não é indicado para pessoas abaixo de 18 anos de idade. Também não é indicado para gestantes ou pessoas que podem ou pretendem engravidar durante o tratamento.
Meiruze Souza Freitas, diretora da Anvisa, avalia que os benefícios da liberação do medicamento superam os riscos. A diretora ainda acrescenta que a antecipação de produtos para tratar a covid-19 está alinhada à garantia de possibilidades de tratamento contra a doença, considerando a situação da pandemia no Brasil.
“Com a pandemia enfrentamos desafios sem precedentes. Melhorar essa lacuna é prioridade de saúde pública. A disponibilidade de medicamentos essenciais continua insuficiente por motivos diversos, como preços altos, compra e distribuição deficientes, qualidade incerta do produto e prescrição inadequada”, disse Meiruze Freitas.
O diretor da Anvisa, Rômison Mota, ressalta que não se trata de um medicamento para prevenção do vírus, e que já houve aprovação em outros países como Estados Unidos, Canadá e México.
Análise técnica
Foram apontados riscos pela equipe técnica da Anvisa, que devem ser monitorados no uso concomitante com outros produtos. “Foram feitas exigências de incluir na bula as contraindicações de uso concomitante com o medicamento apalutamida”, informou a gerente de Farmacovigilância, Helaine Capucho.
Capucho ainda listou pontos colocados pela Anvisa, incorporados no plano de gestão de riscos e na bula do remédio. Deve ser feita uma carta a profissionais de saúde para orientação sobre usos do Paxlovid com outros remédios e dos cuidados necessários. A agência também requisitou que a empresa disponibilize informações acerca do uso do produto no Brasil para monitorar sua aplicação e possíveis eventos adversos.
(Com informações da Agência Brasil)
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