terça-feira, 16 de abril de 2024

Brasil

Novo governo precisa economizar mais de 30 bilhões para cumprir teto de gastos

POR | 22/11/2018
Novo governo precisa economizar mais de 30 bilhões para cumprir teto de gastos

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A nova gestão presidencial deverá cortar R$ 37,2 bilhões em despesas até o fim do mandato de Jair Bolsonaro para cumprir a regra do teto de gastos, que proíbe que as despesas cresçam mais que a inflação. Nesses próximos quatro anos será necessário reduzir R$ 148,8 bilhões nas dívidas que não exigem pagamento com juros. Esse total equivale a um corte de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

 

A equipe econômica de Jair Bolsonaro discutiu uma estratégia e prometeu reduzir as despesas sem aumentar os impostos. Um de seus planos é diminuir os gastos com subsídios e garantir a aprovação da Reforma da Previdência em 2019. Para o ano que vem, é previsto que haja mais um déficit fiscal, e caso seja confirmado, será o sexto consecutivo.

 

 

Também cotam reprimir os reajustes salariais dos servidores e analisar a política de correção do salário mínimo a partir de 2020. O reajuste atualmente é feito com base na inflação somado ao crescimento do PIB de dois anos atrás. A proposta da nova gestão é mudar essa regra apenas para a correção do índice inflacionário do ano anterior. Também pretendem desvincular receitas de despesas.

 

 

O crescimento da economia e o aumento das receitas podem reduzir o problema das contas públicas na direção do superávit, mas não são suficientes para solucionar a questão do teto de gastos. A atual equipe acredita que se a Reforma da Previdência for aprovada e o déficit diminuir como o esperado, o governo viverá um bom momento com o mercado.

 

 

Espera-se que o déficit do ano que vem fique abaixo dos R$ 100 bilhões, mas cumprir o teto de gastos será difícil. A área econômica acredita que manter o teto mostra aos investidores e analistas de mercado que a dívida pública vai diminuir.

 

 

O déficit de 2018 vai ficar R$ 20 bilhões abaixo do esperado, mas acredita-se que pode ser ainda mais baixo. Os governos regionais acabarão o ano com superávit de aproximadamente R$ 15 milhões e as estatais com cerca de R$ 5 milhões. Esse resultado não é tecnicamente positivo, pois os cálculos dos Estados não levam em conta o atraso nos pagamentos de dívidas.

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