De acordo com o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, o novo governo estuda aumentar a alíquota do Imposto de Renda para as faixas mais altas do Imposto de Renda. Ele não informou qual será o valor da alíquota e nem sobre qual faixa incidiria, mas confirmou que a medida está em discussão entre a equipe econômica.

“Não iremos ao extremo de ter apenas uma alíquota. Poucas alíquotas são perfeitamente aceitáveis e uma alíquota adicional para altas rendas”, diz Marcos. Segundo ele o sistema tributário brasileiro precisa de uma progressividade, ou seja, onerar os mais ricos e reduzir o peso dos impostos sobre os mais pobres.

Além de aumentar a alíquota para os mais ricos, Marcos disse que pode reduzir o IR para pessoas com renda menor e ampliar a faixa de isenção. Porém, alerta que os benefícios dependem do ajuste fiscal que o governo poderá fazer, pois não podem comprometer o caixa da União.

Marcos também disse ter interesse em criar um imposto único, desde que contribua para a progressividade do sistema tributário. Esse imposto pode incidir sobre operações financeiras, semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), sobre o valor adicionado a um produto nas etapas de produção e comércio ou sobre o faturamento de empresas.

A equipe econômica está estudando várias alternativas para calcular o imposto único. Marcos também conta que o governo também pretende reduzir a carga tributária que fechou 2017 em 32,4% do PIB.

O Ministério da Economia se concentrará em simplificar a tributação aproveitando a proposta elaborada pelo governo anterior para unificar o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).