sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil

Novas mutações nas variantes da Covid-19 no Brasil foram detectadas pela Fiocruz

POR Ana Carolina Morais | 24/03/2021
Novas mutações nas variantes da Covid-19 no Brasil foram detectadas pela Fiocruz

Reprodução / Agência Brasil

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Novas mutações foram detectadas nas variantes da Covid-19 em circulação no território brasileiro. A descoberta foi realizada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que ressaltaram a importância de ampliar a vacinação, bem como as medidas de contenção à doença, como forma de reduzir a disseminação do vírus e o surgimento de novas cepas.

 

 

De acordo com os pesquisadores, até o momento, as modificações localizadas ainda não são consideradas como uma formação de nova linhagem da Covid-19, pois as alterações surgiram em poucos genomas. Mesmo assim, eles salientaram para a importância de se manter um monitoramento genômico para acompanhar a evolução dessas mudanças.

 

 

“Esta nova geração de variantes pode ser menos suscetível à neutralização dos anticorpos que suas linhagens parentais P.1, P.2 e B.1.1.33. A pandemia de Covid-19 em 2021 no Brasil provavelmente será dominada por esse novo e complexo conjunto de variantes”, informou Tiago Gräf, membro da pesquisa da Fiocruz, por meio de nota à imprensa.

 

 

O Brasil possui 4 variantes principais da Covid-19 em circulação, sendo que uma delas, a P.1, gerada no Amazonas, é vista com preocupação por ter uma transmissibilidade maior, além de uma capacidade superior para fugir de anticorpos das infecções anteriores pelo novo coronavírus, o que tem auxiliado na explosão de casos da doença no país.

 

 

“O novo coronavírus está continuamente se adaptando e, com isso, propiciando o surgimento de novas variantes de preocupação e de interesse com alterações na proteína Spike”, explicou a virologista Paola Cristina Resende, coordenadora da curadoria da plataforma genômica internacional Gisaid no Brasil.

 

 

As mutações que foram encontradas aconteceram na proteína Spike. Os resultados obtidos pelos pesquisadores são de amostras coletadas em pessoas infectadas com o vírus em 7 Estados, sendo eles: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. O estudo ainda não foi revisado por outros especialistas, mas a publicação dele já foi realizada na plataforma de pré-print MedRxiv.

 

 

É apontado, pelo estudo, que as novas alterações localizadas no Brasil estão em linha com a evolução do vírus que ocorreu em outras cepas. Sendo assim, a sequência de mutações brasileiras se assemelha ao padrão notado na variante da África do Sul.

 

 

"Os pesquisadores da Rede Genômica Fiocruz alertam que os achados destacam a necessidade urgente de ampliação da vacinação e de implementação de medidas farmacológicas eficazes, visando a mitigação da transmissão comunitária e o surgimento de variantes mais transmissíveis", defendeu a Fiocruz, em nota.

 

 

(Com informações do G1)

 

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