quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A partir de hoje, segunda-feira (3), a gasolina vendida em todo o território nacional deverá seguir novas especificações, que visam aumentar o rendimento de carros e motos e facilitar a fiscalização de qualidade. A modificação na fórmula foi determinada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e estabelece critérios que aproximam a qualidade deste combustível brasileiro ao presente na Europa e nos Estados Unidos.
A gasolina terá três novos parâmetros: a exigência de uma massa específica mínima; a mudança no método de contagem da octanagem da gasolina; e a introdução de uma temperatura mínima de 77 ºC para a destilação de 50% da gasolina – que antes possuía um teto de 80 ºC na destilação.
“Isso significa que o consumidor vai levar mais massa de combustível por litro. Ou seja, mais energia. Então, ele vai poder gastar, usar mais para 1 litro. Isso é muito interessante. O consumo vai ser menor”, explica Vanya Pasa, coordenadora do laboratório de combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo a ANP, não somente a qualidade da gasolina brasileira irá melhorar, mas também será facilitada a fiscalização no momento de identificar possíveis adulterações ou fraudes. Porém, além destas alterações de melhoria, acontecerá também uma modificação no preço deste combustível, que irá aumentar.
A diretora de refino e gás natural da Petrobras, Anelise Lara, afirmou, no fim do mês de junho, que o litro da gasolina tenderia a ficar mais caro devido as novas especificações do derivado. De acordo com alguns gerentes de postos, a distribuidora já informou que terá de alterar as placas também, uma vez que o preço crescerá uma média de 10 centavos.
Apesar do aumento no valor cobrado, haverá uma economia no combustível, que ainda não é consenso entre os especialistas, e varia entre 3% a 6%. O novo padrão deixará os veículos mais econômicos porque ele otimiza a queima da gasolina.
“Esse ganho de consumo vai provavelmente suprir qualquer eventual aumento de preço. Porque a massa específica, a densidade no caso, é muito significante no rendimento, na eficiência do motor. Então, isso vai ser compensado, com certeza”, afirma Rogério Gonçalves, especialista em novos produtos da Petrobras.
Mesmo com o início da venda da nova gasolina, as distribuidoras ainda poderão vender os estoques antigos até o mês de setembro, enquanto os postos de combustível terão esta permissão de venda até outubro.
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