quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Imagem: reprodução/governo federal
Segundo o Ministério da Saúde (MS), em 2024 3.253 casos de coqueluche foram notificados, sendo considera o segundo ano com maior número de ocorrências. Em 2014 foram 8.622 casos da doença.
Segundo a pasta, os índices de coqueluche começaram a cair a partir de 1990, quando eram cerca de 10 casos por 100 mil habitantes (índice de 10,0) com o aumento da vacinação da população.
Neste ano, somente o estado do Paraná teve índice nesse patamar, registrando coeficiente de 10,60.
A doença é uma infecção respiratória transmissível causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. Presente no mundo todo, a doença é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada.
Segundo a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio Libanês, o principal motivo para o aumento dos casos neste ano é a queda na vacinação, que deveria estar no patamar de 95%. Ela também cita o melhor acesso a exames laboratoriais que usam biologia molecular, mais acessíveis nos últimos anos, o que melhorou a capacidade de confirmar os casos.
Outro fator de aumento nos casos é a ausência de reforço vacinal para adolescentes. "No Brasil a vacina que protege contra coqueluche é aplicada nas crianças pequenas (com menos de 6 meses) e nos reforços nas crianças após 1 ano de idade. Os adolescentes não recebem o reforço que aumenta a proteção contra a coqueluche, diferente do que acontece nos Estados Unidos e na Europa", explicou Dal Ben à Agência Brasil.
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