quarta-feira, 24 de abril de 2024

Brasil

Na vida, navegar é preciso...

POR Thiago de Brito Donzelli | 10/08/2018

Reflexão sobre a construção pessoal e profissional.

Na vida, navegar é preciso...

Arquivo Pessoal

D

Definição sobre o que é e como atingir a felicidade povoam livro de auto-ajuda, religiosos e filosóficos. Há inúmeras teorias sobre o meio de alcançar e manter-se bem consigo mesmo. Mas a idade, as experiências e dificuldades acabam por minguar em muitos de nós s expectativa de que realmente existe felicidade completa.

 

Passamos a ver este sentimento como inatingível, piegas a até ingênuo.

 

Esta definição, calcada em anos de destempero ou insucessos particulares, faz com que vivamos sem entender o que realmente nos completamos e nos faça felizes! Sobrevivemos, mas não vivemos plenamente. Falta-nos algo.

 

Ficamos insatisfeitos, buscando não sabemos o quê. O dinheiro já não e atormentamo-nos por mais; os amigos não nos preenchem; a família nos incomoda; a vida torna-se angustiante, inquietando-nos. Uma sensação de sufoco e vazio. Como e com o quê serei feliz, é a pergunta que não se cala em nosso íntimo.

 

Érico Verissimo define a felicidade como “a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente”. Por esta definição do poeta, ser feliz é comprometer-se com o alheio, com aprendizado, com equilíbrio de ações que nos possibilitem crescermos como seres humanos. Completamente a ideia de Veríssimo o português Fernando Pessoa, mostrando-nos que “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Passar a vida simplesmente vivendo ao Deus dará, acreditando que a manifestação da existência resume-se em ver, ouvir, procriar e não se envolver, sem nada agregar de novo ou contribuir com quem nos rodeia, faz com que vivamos estagnada e alienada. A falta de envolvimento com o coletivo nos fecha em nosso próprio mundo. E este, por maior ou mais agitado que seja, profissional ou emocionalmente, trará o sentimento de vazio, de inutilidade frente à sociedade. Não há como haver felicidade sem distribuir cumplicidade.

 

Navegar frente à vida é mergulhar dentro de si mesmo, conhecer-se, não assustar com os labirintos escuro que encontrar, iluminando-os com o farol da paciência e determinação. A busca da felicidade é uma arte. Se trabalhado com a humildade em reconhecer os próprios limites, superando-os paulatinamente, fará com que enfrentemos com coragem o constante vai-e-vem de elevações e quedas da vida que atinge a todos. Olhar o alheio e desfocar do próprio umbigo proporcionará uma maneira de construir com o que cerca. Levar felicidade trará felicidade. Efeito bumerang em um mundo redondo. Porém, alguém tem que jogar o bumerang para que ele retorne. Está disposto?

 

“Não Julgue que alguém viveu muito às rugas e cabelos; ele pode não ter vivido muito, apenas existido”... Sêneca

 

Thiago de Brito Donzelli

Especialista em Gestão, Estratégia e Processos

 

COMPARTILHE: