Greenpeace toca sirene em alerta contra PL do Veneno

Na manhã desta quarta-feira, momentos antes do início da sessão da Comissão Especial que analisa o PL do Veneno, na Câmara dos Deputados, uma mala com um alarme sonoro que disparou interrompe a reunião. A sessão seguiu por cerca de uma hora até ser suspensa devido ao início da ordem do dia no Plenário da casa.

Na mala havia uma simulação de uma bomba, que foi entregue à Polícia Legislativa que logo fez uma ocorrência policial. Segundo a assessoria da Câmara, apontou a possível participação de um homem e uma mulher no episódio. A Câmara informou que a identidade dos supostos envolvidos já foi confirmada e, ao final da apuração, serão tomadas "medidas cabíveis".

De acordo com a assessoria da Câmara, a maleta está sendo analisada pelo Esquadrão Antibomba da Polícia Militar do Distrito Federal. Em tese, todo visitante tem que se identificar e passar pelo raio-X em qualquer uma das portarias da Câmara. Mas parlamentares, servidores, assessores e credenciados, como profissionais da imprensa, não precisam passar pelo raio-X. A assessoria da Greenpeace não quis passar informações sobre isso.

A ONG ambientalista Greenpeace disse que o alarme é de uma moto e que a mala não representava risco algum para a segurança dos presentes. Ainda ressalta “Qualquer outra interpretação é uma tentativa mal intencionada de desviar a atenção da real ameaça em questão: a liberação de mais veneno na comida dos brasileiros”. Ainda destacou que a “não-violência é um princípio fundamental” do Greenpeace.

Ou seja, a ação da Greenpeace era uma forma de protesto contra a liberação de mais venenos.

Em uma entrevista feita posteriormente com o produtor rural da nossa região Luiz Eduardo Peruzzo de Lima expressa sua opinião para a liberação de mais venenos "Ainda se a liberação de novas moléculas demorar muito tempo, outros problemas aparecerão, como a diminuição da eficiência das moléculas já utilizadas, aumentando assim a pressão de pragas e doenças nas culturas, elevando o custo do produtor rural e também aumentando o uso de agroquímicos nas lavouras". E finaliza  "Uma parte dos artistas e lideranças urbanas vive no mundo da lua, defendendo fantasias ideológicas, fazendo manifestações sem nenhuma responsabilidade. Atacam o uso de defensivos agrícolas como se fossem a desgraça da humanidade. Não entendem que sem estes recursos eles não teriam o que colocar na mesa. Sem esses recursos a exportação agropecuária, que suporta a economia do Brasil, cairia a zero". 

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