quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Metrópoles
Uma ida ao médico se transformou em uma verdadeira confusão para uma moradora de Blumenau-SC, de 36 anos, durante esta semana, de acordo com a Metrópoles. A mulher enfrentou dificuldades para fazer um exame no centro de atendimento a pacientes com suspeita de dengue, após o sistema indicar que ela estava "morta". O incidente revelou outras inconsistências curiosas, inclusive de cunho político, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores (PT).
O advogado da paciente, Telemaco Marrace, relatou que sua cliente não estava se sentindo bem no fim de semana e decidiu buscar ajuda no centro de atendimento instalado pela prefeitura na Furb. Durante o atendimento, no último domingo (14), segundo a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), a equipe não conseguiu solicitar um exame ao acessar o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), uma ferramenta virtual do Ministério da Saúde que organiza as solicitações. O protocolo não pôde ser concluído, pois o Cartão Nacional de Saúde dela indicava que a mulher havia falecido em novembro de 2022.
Além disso, os servidores mostraram à paciente outras informações incorretas: nos dados pessoais, em vez do nome do pai dela, que faleceu em 2017, havia a seguinte frase: “M0rto pelo PT”. Na etnia, constava que ela era indígena, o que não é verdade, comentou o advogado. Adicionalmente, no lugar do e-mail da mulher estava escrito “bolsonaroeuteamo@odeioopt.com”. No suposto endereço dela, o nome da rua era “Eu amo Bolsonaro”.
Segundo a Semus, foi possível identificar que as alterações no cadastro foram feitas em Pernambuco e Minas Gerais. No entanto, a mulher nunca esteve em Minas, afirmou o advogado, que agora está ajudando a cliente a entender o que aconteceu e por quê. Ele pediu ao Ministério Público uma investigação, mas até a manhã desta quarta-feira (17), a história ainda não havia chegado à promotoria, que deve se posicionar até o fim da tarde, conforme declarou o órgão. Um boletim de ocorrência também foi registrado pela mulher na terça-feira (16), mas a Polícia Civil de Santa Catarina ainda não se pronunciou sobre o caso.
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