segunda-feira, 16 de junho de 2025
Foto: Reprodução Mais Goiás
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acusa o Ministério do Desenvolvimento Agrário, comandado por Paulo Teixeira, de inflar os números de novos assentamentos anunciados pelo governo Lula. Segundo o movimento, muitas das terras divulgadas como entregues ainda não foram oficialmente desapropriadas pela Justiça e, por isso, não trouxeram melhorias reais para as famílias acampadas.
Como exemplo, o MST cita o Acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG), onde cerca de 2 mil pessoas vivem há décadas. Embora o presidente Lula tenha assinado decretos de desapropriação em março, o processo segue parado, o que impede o acesso das famílias a programas de crédito e outros benefícios.
Insatisfeito com a condução da pasta, o MST decidiu romper o diálogo com o ministro e pede sua substituição. O movimento também avalia intensificar ações de mobilização contra o governo.
O Ministério nega irregularidades e afirma que divulga apenas áreas com processo administrativo concluído e recursos empenhados, mesmo que ainda faltem trâmites judiciais ou cartoriais. Alega ainda que o ritmo atual supera o padrão histórico, e que dificuldades foram herdadas da gestão anterior.
A meta do governo é entregar 30 mil assentamentos em 2025 e 60 mil até o fim de 2026. Até abril deste ano, mais de 12 mil lotes já estariam com o processo de obtenção finalizado, segundo o Incra.
*Com informações Mais Goiás
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