quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A comissão do Congresso Nacional decidiu nesta quinta feira (9) tirar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da pasta da Justiça, colocando-a no Ministério da Economia.
Apesar do discurso do governo de que a pasta deveria permanecer na Justiça pois seria fundamental para o combate à corrupção, quem venceu foi o centrão e a oposição.
A votação ficou com 14 votos em favor da mudança e 11 contra. O governo esperava manter o Coaf com Sérgio Moro por 15 votos na comissão.
O Coaf é um órgão de inteligência financeira que investiga operações suspeitas. Ele recebe informações de setores que são obrigados por lei a informar transações suspeitas de lavagem de dinheiro, como bancos e corretoras. O conselho analisa amostras desses informes e se houver suspeita de crime, deve informar o Ministério Público.
Foi o Coaf que identificou os empréstimos na época do Mensalão. Recentemente o Coaf identificou movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
Segundo o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em janeiro de 2016 e ao mesmo mês de 2017 entraram em sua conta 605 mil e saíram 600 mil. A quantia foi considerada pelo Coaf como incompatível com o patrimônio do ex-assessor.
Na comissão ainda falta votar outros pontos da reforma administrativa. Foram apresentadas 31 propostas de alterações no relatório do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Em outra derrota para o governo, a demarcação de terras indígenas que havia sido transferida para o Ministério da Agricultura, voltou para a Funai, no Ministério da Justiça, tendo a mudança ganhado por 15 votos a 9.
O texto de Bezerra Coelho já estabelecia a devolução da Funai para o Ministério da Justiça. Pela reforma de Bolsonaro, a Fundação estava integrada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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