sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasil

Moreira Franco defende a transparência na conta de luz

POR Jornal Somos | 14/08/2018

Ministro de Minas e Energia considera o preço praticado pelas companhia de energia absurdo

Moreira Franco defende a transparência na conta de luz

Foto: iStock

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Segundo a Aneel, a tarifa média na conta de luz subiu em 13,79%, enquanto a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu em 2,94% no mesmo período.

 

Em entrevista concedida à EBC, Moreira Franco, ministro de Minas e Energia, afirmou que a população está pagando um valor alto na conta de energia sem saber a composição real dos preços. "É preciso que todo cidadão, ao receber a conta, entenda o que está naquela conta. É um conjunto de siglas, tem uma série de subsídios que estão embutidos na conta que as pessoas não sabem que estão pagando. É fundamental que se entenda que o consumidor precisa ter conhecimento dos aumentos e das razões desses aumentos", disse o Ministro.

 

Ele classifica a cobrança de outros subsídios que não são relacionados ao setor elétrico como caixa-preta. "É na conta de energia, por exemplo, que se contribui para o subsídio do saneamento [básico]. Não há como se explicar isso. Além do que, subsídio tem que ser uma decisão transparente, que tem que constar do orçamento da União. As pessoas precisam saber que estão pagando o imposto e que uma parte dele vai para A, B, C ou D e não como é hoje, que é uma caixa-preta. Nós precisamos avançar nisso e diminuir a carga tributária", afirmou Franco.

 

Na entrevista, Moreira Franco afirmou que o governo vem priorizando a diversificação da matriz energética brasileira para fontes limpas e renováveis, que têm um custo muito mais baixo. "Hoje, pela sistemática operacional do setor elétrico, esses custos baixos não estão chegando na conta, porque quando entra na distribuição acaba sendo absorvido pelo conjunto do setor". Sem especificar medidas, o ministro afirmou que é preciso dar apoio à Agência Nacional de Energia Eletrica (Aneel)  para que promova ação regulatória capaz de reduzir os custos de geração de energia - obtida por meio de tecnologias como energia eólica, fotovoltaica e biomassa -, e que essa redução se reflita na conta do consumidor final.

 

Ele também defende o uso de inovação e tecnologia no setor elétrico, visando dar um controle maior à população. Ele exemplificou coma implantação de um aplicativo de celular que permite ao consumidor controlar, em tempo real, o consumo de energia com base em informações do relógio medidor instalado na residência, permitindo o controle de gastos e administração do uso.

 

 

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