Em menos de dois meses o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, rejeitou pela segunda vez recurso da defesa de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), para derrubar no STF uma condenação imposta a ela na Justiça de São Paulo.

No STF, a sentença questionada é há de 10 anos e 22 dias que Marcola deve cumprir por assaltar uma transportadora de valores no bairro do Jaguaré, na capital paulista, em julho de 1998.

Segundo a acusação do Ministério Público, a quadrilha roubou R$ 15 milhões na ocasião. A ação, conforme a promotoria, incluiu o sequestro de familiares de funcionários da segurança da empresa.

A condenação do chefe do PCC pelo assalto transitou em julgado e teve os recursos encerrados, em 2003, mas o advogado de Marcola tem buscado revertê-la nos tribunais superiores de Brasília.

A alegação é não haver provas contra o traficante no processo e que ele é tratado como “inimigo do Estado”. Após ter a medida rejeitada no STF, a defesa apresentou recursos ao Supremo Tribunal de Justiça, remetidos ao STF.

Um deles foi destinado a Moraes em 26 de agosto e rejeitado pelo ministro no dia seguinte. O outro recurso, mais recente, aportou no gabinete de Alexandre de Moraes no começo deste mês, negado por ele na última quarta-feira (23/10).

Na nova decisão, assim como na anterior, Moraes considerou o recurso de Marcola incabível, porque ele questiona uma decisão individual do ministro Antonio Saldanha Palheiro, do STJ, ainda não julgada colegiadamente no tribunal.

Com informações Metrópoles