sábado, 27 de julho de 2024

Brasil

Ministro da Saúde promete plano para fim da quarentena mas com possível recuo

POR | 23/04/2020
Ministro da Saúde promete plano para fim da quarentena mas com possível recuo

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O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou em coletiva de imprensa que o Governo anunciará, até a semana que vem, um plano para que as cidades e Estados decidam sobre a flexibilização do isolamento social contra a pandemia de coronavírus. Nelson disse que serão consideradas as particularidades de cada lugar, bem como o avanço da doença em cada região – como já vinha sendo falado pelo governo federal desde o presidente do Brasil ter falado sobre a necessidade de ter que abrir a quarentena. Mas, acrescentou que é “impossível” para um “país sobreviver um ano, um ano e meio parado”.

“A gente hoje já tem uma matriz pronta. Daqui uma semana a gente entrega uma diretriz completa, depois dos ajustes”, disse.

 

O ministro acredita que, mantendo-se as taxas atuais, o Brasil não atingirá a estimativa de 70% da população em contato com a doença mas prometeu recuar em caso de erro de cálculo.

“O monitoramento contínuo vai ter indicadores que dizem: ‘volta’. Quando você conhece pouco alguma coisa, você não consegue prever o que vai acontecer. Então tem que ser rápido o bastante para fazer um diagnóstico e tomar atitude”, disse. “Então uma das coisas que vai ter é: se acontecer isso aqui, recua”. (Segundo publicação do jornal El País)

 

Segundo o boletim epidemiológico publicado pelo MS, foram mais 165 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas —o total de óbitos chega a 2.906— e 45.757 casos confirmados no país, O ministro ainda citou que o Brasil tem 8,7 de taxa de mortos por cada um milhão de habitantes, mas, pelos números oficiais mais recentes, essa taxa está em 13,7.

 

Quando questionado sobre os testes em massa adotados em alguns países, o ministro disse que o Brasil não vai adotar como estratégia a testagem de toda a população ou "teste em massa", já que isso não foi uma realidade nem mesmo em países apontados como referência.

"Não tem teste em massa. Se vocês imaginarem a Coreia do Sul, que é uma referência, eles fizeram 11 mil testes por milhão de pessoas. Isso não é teste da população. Isso não é teste em massa.O que você tem que fazer quando você usa o teste é mapear a população de tal forma - isto está sendo feito, já, está acontecendo - para que a tua amostra reflita a população", disse o ministro.

 

Sem detalhar seus planos de controle da epidemia à frente do ministério, Teich limitou-se a seguir em um tom de otimismo afirmando que: “Temos condição de deixar o sistema de saúde mais forte para o pós-covid-19”.

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