A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (2), que o Brasil possui estoque de fertilizantes que dure até o mês de outubro, assegurando que a safra atual não enfrentará problemas, uma vez que a safrinha de milho já está em produção, mas alertando que a safra de verão, no final de setembro e outubro, é um ponto de preocupação para o agronegócio do país.

“Primeiro, a safra brasileira que acontece nesse momento, que é a safrinha, que é a nossa safra maior, que se planta milho, ela já está acontecendo. Então, o que precisava de fertilizante para ela já chegou, já está com o produtor rural, ele já está plantando, ela está muito adiantada. Então neste momento, nós não temos problema com a safrinha que acontece. A safra de verão é uma preocupação que nós temos que será setembro, final de setembro, outubro. Mas também nós temos, do setor privado, a confirmação de que nós temos um estoque de passagens de fertilizante, um volume, que é suficiente para chegar até outubro”, disse Tereza.

O cenário crítico do mercado internacional de fertilizantes começou após Belarus informar que suspenderia o envio destes itens ao Brasil devido ao fechamento da fronteira realizado pela Lituânia, o que impede o escoamento do produto. Como os fertilizantes bielorussos ocupam 20% do mercado brasileiro, isso acendeu um alerta para a possibilidade de escassez.

Apesar da preocupação futura com a safra do verão, a ministra brasileira esclareceu que a pasta da Agricultura possui estratégias para driblar a situação. Segundo ela, os planos são buscar outros países para serem parceiros e/ou levar aos produtores rurais ferramentas que otimizem o uso dos fertilizantes.

Além disso, Tereza Cristina ainda informou que iniciará a busca por novos parceiros indo ao Canadá, no dia 12 de março, na tentativa de negociar a demanda de fertilizantes. O território canadense foi, em 2021, o quarto maior fornecedor de adubos ou fertilizantes químicos, ficando atrás apenas da Rússia, da China e do Marrocos.

(Com informações da Agência Brasil, do Jornal Opção, da CNN Brasil e do G1)