domingo, 24 de novembro de 2024

Brasil

Ministério Público pede condenação de Lula na ação do sítio de Atibaia

POR Jornal Somos | 12/12/2018
Ministério Público pede condenação de Lula na ação do sítio de Atibaia

Redação Jornal Somos

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Durante as alegações finais apresentadas na noite desta terça-feira (11) à Justiça, o Ministério Público Federal pediu a condenação do ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na ação que julga as reformas realizadas no sítio de Atibaia (SP), frequentado pelo petista.

 

As obras teriam sido pagas pela Odebrecht e OAS e pelo empresário José Carlos Bumlai, de acordo com a denúncia, com recursos desviados de contratos da Petrobras.

 

Lula, que está preso na Polícia Federal em Curitiba, nega as acusações, diz que não era dono do local e afirma ser perseguido politicamente pela Operação Lava Jato. A Procuradoria sustenta a afirmação de que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia “eram possuidores do sítio de Atibaia”.

 

O Ministério Público afirma que a história de Lula não é acreditável. O ex presidente diz não saber das reformas, dados os “constantes e incontroversos deslocamentos” que fazia até o sítio, usufruindo dos benefícios.

 

Entre as provas apresentadas pela acusação, estão notas fiscais das reformas, depoimentos de testemunhas e comprovantes de reuniões entre Lula e os executivos da Odebrecht, da OAS e Bumlai.

 

A defesa de Lula, em nota ao Folha Press afirmou que o Ministério Público não apresenta provas contra o ex-presidente, e pede a condenação “apenas com base naquilo que seus membros denominam de ‘melhor explicação'”. Para o advogado Cristiano Zanin Martins, não há qualquer prova que vincule os valores dos contratos da Petrobras com o sítio de Atibaia, “e muito menos com Lula”.

 

Em julho de 2017, Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro e recebeu a pena de nove anos e seis meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no processo do apartamento tríplex do Guarujá. O entendimento da Justiça é que esse apartamento foi dado ao ex-presidente como uma propina pela empreiteira OAS, a mesma que está sendo vinculada ao caso do sítio, em troca de contratos com a Petrobras.

 

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