sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Foto: Freepik
A Polícia Civil de São Paulo está investigando se a intoxicação por metanol, que já resultou em 11 vítimas no Brasil, tem relação com o uso da substância na higienização de garrafas de bebidas falsificadas. De acordo com a investigação, quadrilhas de falsificação estariam utilizando o metanol para limpar garrafas coletadas em bares e restaurantes antes de reabastecê-las em fábricas clandestinas. Caso a higienização não seja realizada corretamente, resíduos do solvente podem permanecer nas garrafas, contaminando as bebidas.
As investigações revelaram que garrafas de bebidas como vodca, gin e uísque são coletadas e revendidas para fábricas clandestinas, onde o metanol é utilizado no processo de reutilização das garrafas. A polícia conseguiu rastrear o caminho das bebidas consumidas pelas vítimas, chegando a distribuidoras e locais de produção irregular.
Embora a hipótese principal seja a contaminação por meio da limpeza inadequada, a polícia também investiga a possibilidade de que o metanol esteja sendo usado para adulterar bebidas originais, aumentando o volume e os lucros dos criminosos.
Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), o número de fábricas clandestinas interditadas no Brasil aumentou significativamente, passando de 12 para 80 entre 2020 e 2024.
Em resposta às mortes confirmadas em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal, a Câmara dos Deputados acelerou a tramitação de um projeto de lei que classifica como crime hediondo a adulteração de bebidas alcoólicas e alimentos.
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