quarta-feira, 24 de abril de 2024

Brasil

Mercado de games tem crescimento por todo país

POR Jornal Somos | 02/07/2018
Mercado de games tem crescimento por todo país

Mercado livre

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Segundo o 2° Censo da Industria Brasileira de Jogos Digitais, o mercado de jogos eletrônicos cresceu em todo país.. De 2013 a 2018, o número de estúdios de desenvolvimento de games no Brasil passou de 142 para 375. O estudo, realizado pela empresa Homo Ludens, foi apresentado nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Cultura (MinC) durante a edição de 2018 do Brazil's Independent Games Festival (BIG Festival), em São Paulo. Foram ouvidas 375 empresas desenvolvedoras de games, 85 empresas de apoio e 235 profissionais autônomos entre os dias 3 de maio e 13 de junho deste ano.

Segundo a pesquisa, somente nos últimos dois anos foram produzidos 1.718 jogos no País, 43% deles desenvolvidos para dispositivos móveis, como celulares, 24% para computadores, 10% para plataformas de realidade virtual e realidade virtual aumentada e 5% para consoles de videogame. Dentro desse universo, foram 874 jogos educativos e 785 voltados ao entretenimento. 

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, destacou que o censo irá subsidiar a criação de políticas públicas voltadas ao setor de games. "Este levantamento é fundamental para que tenhamos uma compreensão maior do mercado de games no Brasil. Isso nos permitirá desenvolver políticas de fomento e apoio voltadas para as necessidades deste setor, que tem um imenso potencial de crescimento", afirma.

 

Em relação ao 1º censo, feito em 2013 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o número de estúdios produtores de games por região também aumentou em todo o Brasil. Comparativamente, a Região Norte foi a que mais cresceu, passando de 2 para 10 (crescimento de 400%). A Região Sudeste ampliou de 77 para 196 o número de empresas. Já as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul passaram de 20 para 61, de 8 para 31 e de 35 para 77 estúdios, respectivamente. 

O Brasil é um dos países onde a indústria dos games mais se desenvolve no mundo, porém, no que se refere a questões de gênero e raça, as empresas de jogos ainda são ambientes predominantemente masculinos, segundo o estudo. No entanto, em comparação com 2013, o número de mulheres na indústria triplicou, representando hoje 20,7% dos funcionários. A pesquisa também demonstrou a necessidade de se investir em políticas afirmativas de raça e diversidade de gênero. Dos 2.731 trabalhadores da indústria, apenas 273 são negros, 24, indígenas e 12, pessoas trans. Somente oito estúdios têm, como sócias, mulheres afrodescendentes. 

Outro dado levantado pelo censo diz respeito à origem das empresas de desenvolvimento de jogos digitais. Em 34,6% dos casos, os estúdios foram criados depois de identificada uma oportunidade de negócio. Cerca de 32% foram criadas a partir da união de pessoas que já trabalhavam em uma mesma empresa ou mesmo na informalidade. E 32,5% são empresas originadas com base no desenvolvimento de um projeto de jogo. 

Dispositivos móveis, celulares e tablets ainda lideram como plataformas mais utilizadas para a criação de jogos digitais, com 61% da preferência. A segunda plataforma para a qual as empresas mais desenvolvem jogos são os chamados computadores "stand alone" – que não estão ligados à internet ou qualquer outro tipo de conexão de rede. 

Big Festival

Realizado desde 2012, o BIG Festival é o mais importante festival de jogos independentes da América Latina. Com competição entre jogos nacionais e internacionais, o evento conta com exposições de jogos selecionados, cerimônia de premiação, palestras e rodadas de negócios. Somente no ano passado, o BIG registrou a visita de 20 pessoas, das 3.500 participaram de palestras e mais 1.600 rodadas de negócios.

 

Fonte: Ministério da Cultura

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