O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta sexta-feira (23), o Índice Geral de Cursos (IGC) 2019, onde aplicou nota máxima apenas para 2,22% das instituições de ensino superior avaliadas. Apesar da baixa porcentagem, o número representa uma melhora quanto à avaliação realizada anteriormente, onde a melhor nota foi conferida à 2% das instituições.

O IGC é uma média ponderada utilizada para avaliar as graduações por meio do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e dos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado). A pontuação é aplicada em uma escala de 1 a 5, onde 1 e 2 são avaliações insatisfatórias, 3 é regular e 4 e 5 são satisfatórias.

O nível atingido no índice estabelece parâmetros utilizados pelo MEC para a definição, por exemplo, de participações das instituições em programas do governo. Quando as universidades ou faculdades recebem, de forma sucessiva, pontuações consideradas insatisfatórias, elas se tornam vulneráveis ao recebimento de sanções.

"Analisando proporcionalmente, os estados do Espírito Santo (9,2%), Rio de Janeiro (6,7%) e Rio Grande do Norte (4,2%) são os que apresentam maior número de instituições com faixa 5 no IGC", analisa o diretor de avaliação da educação superior do Inep, Luis Felipe Grochocki.

Especialistas explicam que a metodologia utilizada insere a maioria das instituições de ensino como “regular”, porque esta é uma média de avaliação, já que se considerassem todas “boas”, a média será a “regular”. Isso significa que somente os locais excelentes receberão nota máxima. Dessa forma, o IGC não indica a qualidade baixa das instituições, e sim as classifica em relação às outras.

A nova média utilizou para seu desenvolvimento 2.070 instituições de ensino superior, o CPC (notas de cursos) de 2017, 2018 e 2019 de 24.145 cursos, e ainda 4.679 programas de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

(Com informações do G1)