quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Reprodução Exposição Os Primeiros Brasileiros/Museu Nacional (UFRJ)
Um exemplar do Manto Tupinabá retornou ao Brasil após ser retirado há mais de 300 anos por exploradores da Dinamarca. O Museu Nacional confirmou a chegada do artefato na manhã desta quinta-feira (10) no Rio de Janeiro.
Além dele, outros dez exemplares existem no mundo estão em museus na Europa deste então. A instituição afirmou que está trabalhando em contato direto e harmonia com o Ministério dos Povos Indígenas.
A peça possui mais de 300 anos e foi doada pelo Governo da Dinamarca para repor o acervo destruído em um incêndio no Museu Nacional em 2018.
O manto é considerado um item ancestral dos povos originários do Brasil. Feito de penas vermelhas de Guará, uma ave típica do litoral da Bahia, o manto mede cerca de 1,80 metro e tem 80 centímetros de largura e é costurado em uma malha por meio de uma técnica ancestral do povo tupinambá.
Os tupinambás foram um dos primeiros povos a ter contato com os portugueses em 1500. Eles habitavam uma larga faixa do litoral e enfrentaram guerras de extermínio, tomada do território, escravização, conversão religiosa e a imposição da língua portuguesa. Mesmo assim, resistiram e ainda lutam para manter a identidade.
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