sábado, 20 de abril de 2024

Brasil

Mandetta afirma que não tomará medidas contra médicos que usarem cloroquina

POR Ana Carolina Morais | 08/04/2020
Mandetta afirma que não tomará medidas contra médicos que usarem cloroquina

Reprodução / A Gazeta

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O ministro da saúde, Henrique Mandetta, informou ser cedo para o Ministério da Saúde (MS) recomendar o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à Covid-19. Entretanto, afirmou também que o órgão não irá tomar medidas contra os médicos que prescrevem o medicamento para tratamento de pacientes em estágio inicial da doença.

 

 

Sendo assim, os profissionais que receitarem cloroquina e hidroxicloroquina deverão assumir a responsabilidade e informar seus pacientes sobre os riscos, uma vez que os efeitos do medicamento estão em estágio de estudo em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil, onde os testes clínicos ainda não possuem resultados.

 

 

“Vamos fazer um parêntese específico sobre cloroquina e hidroxicloroquina. Já liberamos tanto para os pacientes críticos, que são aqueles dentro de CTI’s, já liberamos para qualquer paciente interno em hospitais, sejam aqueles moderados. O medicamento já é dispensado, entregue e tem protocolo. Estamos analisando, agora, na forma anterior aos leves, que é onde pode haver algum tipo de ‘senão’”, pronunciou o ministro.

 

 

Apesar da escassez de estudos, o Presidente Jair Bolsonaro é um grande defensor do uso da cloroquina por infectados pelo coronavírus, posicionamento este que está em divergência com as falas de Mandetta e demais autoridades mundiais de saúde.

 

 

“No momento, o que a gente faz é disponibilizar para aqueles pacientes de gravidade média e avançada. A prescrição médica, o CRM, a caneta está na mão deles. Se quiser comunicar ao paciente dele, ‘olha, não tenho nenhuma evidência, acho que poderia usar esse medicamento, com tal e tal risco, podemos ter isso, e se responsabilizar individualmente, não tem óbice nenhum e ninguém vai reter receita de ninguém”, revelou.

 

 

Por outro lado, Mandetta complementou: “agora, para que nós possamos, no Ministério da Saúde, assinar que o Ministério recomenda que se tome essa medida, nós precisamos de um pouco mais de tempo para saber se isso pode se configurar numa coisa boa ou se pode ter algum efeito colateral. Não é questão de gostar de A, B ou C. É simplesmente analisar com um pouco mais de luz”.

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